OBJETIVO: Coletar dados de pesquisa de profissionais da saúde no Brasil, Croácia, Polônia, Ucrânia e Estados Unidos com duas metas principais: (1) proporcionar informações quanto a aspectos do bem-estar que mais provavelmente precisam de atenção durante a elaboração de soluções administrativas para os turnos de trabalho e (2) examinar a existência de possíveis diferenças entre os países quanto ao impacto do trabalho no bem-estar de profissionais da saúde. MÉTODOS: Os respondentes de cada um dos países estudados foram divididos em dois grupos de profissionais: período noturno e período não-noturno. Verificou-se a percepção dos profissionais quanto ao cansaço físico, cansaço mental e tensão ao final da jornada de trabalho. Relatos subjetivos sobre a percepção da idade sentida também foram estudados. Foi feita uma análise ANCOVA para cada uma destas quatro variáveis. Horas trabalhadas por semana, estabilidade do horário semanal de trabalho e idade cronológica foram as co-variáveis usadas nestas análises. RESULTADOS: Os resultados dão evidente respaldo à proposição geral de que há diferenças consideráveis da percepção de bem-estar entre os países. Além disso, a percepção de cansaço físico e cansaço mental ao final da jornada de trabalho é maior entre os profissionais do período noturno. Difere entre os países, a percepção do cansaço físico ao final da jornada de trabalho, a maneira e o grau do impacto do turno noturno para os profissionais de saúde. CONCLUSÕES: Fazem-se necessários outros estudos para determinar se as diferenças observadas entre os países e esquemas de trabalho guardam relação com diferenças de funções no trabalho, estrutura dos horários de trabalho, variáveis externas ao trabalho e/ou outras variáveis demográficas dos profissionais.
Trabalho em turnos; Trabalho noturno; Ocupações em saúde; Jornada de trabalho; Saúde ocupacional; Percepção; Fatores etários; Fadiga; Estresse