Acessibilidade / Reportar erro
Revista de Saúde Pública, Volume: 52 Suplemento 2, Publicado: 2018
  • Desafios do envelhecimento em contexto de desigualdade social Suplemento Elsi-Brasil

    Barros, Marilisa Berti de Azevedo; Goldbaum, Moisés
  • Envelhecimento e saúde coletiva: Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) Suplemento Elsi-Brasil

    Lima-Costa, Maria Fernanda
  • Primary care and healthcare utilization among older Brazilians (ELSI-Brazil) Supplement Elsi-Brazil

    Macinko, James; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To characterize healthcare access and utilization among older Brazilians. METHODS Data are from the baseline wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), which is a nationally representative, population-based cohort study of persons aged 50 years and older conducted in 2015/2016 (n = 9,412). The prevalence of barriers to primary care and number and type of doctor visits in the past 12 months are compared by three main sources of healthcare (private, Family Health Strategy, traditional public clinics). Two-part multivariable hurdle analyses assess the relation between healthcare utilization, primary care problems, and source of healthcare, while controlling for healthcare determinants. RESULTS Females comprised 54% of the sample, with a mean age of 63 years. There were no demographic differences by source of healthcare. Nearly 83% had at least one doctor visit in the past 12 months, with higher use among private health plan holders. Private health plan holders most frequently visited specialists, while those using the public system were more likely to visit a general practitioner. Primary care barriers averaged 3.5 out of 12 and were the highest among those using traditional health posts. A greater number of primary care problems was negatively associated with all types of healthcare utilization. CONCLUSIONS By international standards, access to basic healthcare among older Brazilians is relatively high. Nevertheless, different levels of primary care problems between the public and private sectors and resulting utilization patterns suggest the need to continue working to close remaining gaps.
  • Prática de atividade física entre adultos mais velhos: resultados do ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Peixoto, Sérgio Viana; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Firmo, Josélia Oliveira Araújo; Loyola Filho, Antônio Ignácio de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabíola Bof de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência da prática de atividade física entre adultos mais velhos brasileiros e os fatores associados a essa prática, além de identificar potenciais modificadores de efeito para a associação entre atividade física e idade. MÉTODOS Foram analisados dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), compreendendo 8.736 indivíduos (92,8%) com 50 anos ou mais. A atividade física foi aferida pela versão reduzida do Internati onal Physical Activi ty Questionnaire . A variável desfecho foi a prática de pelo menos 150 minutos de atividades semanais em todos os domínios. As variáveis exploratórias foram idade, sexo, escolaridade, cor da pele, estado conjugal, número de doenças crônicas e consultas médicas, e conhecer ou participar de programas públicos de incentivo à atividade física. As análises foram baseadas na regressão logística e nas estimativas de probabilidades preditas. RESULTADOS A prevalência de atividade física nos níveis recomendados foi de 67,0% (IC95% 64,3–69,5). A atividade física apresentou associação significativa com idade (OR = 0,97; IC95% 0,96–0,98) e foi mais comum na população com maior escolaridade (OR = 1,27; IC95% 1,11–1,45 para 4–7 anos e OR = 1,52; IC95% 1,28–1,81 entre aqueles com oito anos ou mais), entre os casados ou em união estável (OR = 1,22; IC95% 1,08–1,38) e entre aqueles que relataram conhecer (OR = 1,34; IC95% 1,16–1,54) ou participar (OR = 1,78; IC95% 1,34–2,36) de algum programa de incentivo à prática de atividade física. A redução da atividade física com a idade foi mais acentuada entre as mulheres e entre aqueles com menor escolaridade (valor de p para interação < 0,05). CONCLUSÕES Além da associação com estado conjugal e programas de promoção da saúde, foi possível observar uma importante desigualdade em relação ao gênero e escolaridade na redução da atividade física com a idade. Esse conhecimento permite caracterizar grupos mais vulneráveis à redução da atividade física com o envelhecimento e contribui para o planejamento de ações de promoção da saúde, sobretudo nas faixas etárias mais velhas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of the practice of physical activity (PA) among older Brazilian adults and associated factors. In addition, potential effect modifiers of the association between PA and age were investigated. METHODS We have analyzed data from 8,736 participants (92.8%) aged 50 and older from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil). Physical activity was measured using the short version of the International Physical Activity Questionnaire. The outcome variable was defined as at least 150 minutes of weekly activities in all domains. The exploratory variables were age, sex, education, ethnicity, marital status, number of chronic diseases and medical appointments, and knowledge about or participation in public programs that encourage physical activity. Logistic regression and estimates of predicted probabilities were performed. RESULTS The prevalence of recommended levels of physical activity was 67.0% (95%CI 64.3–69.5). Physical activity was associated with age [odds ratio (OR) = 0.97; 95%CI 0.96–0.98], higher educational level (OR = 1.27; 95%CI 1.11–1.45 for 4–7 years and OR = 1.52; 95%CI 1.28–1.81 for eight years or more), participants who were married/ in a long term relationship (OR = 1.22; 95%CI 1.08–1.38), and those who reported knowledge about (OR = 1.34; 95%CI 1.16–1.54) or participation in (OR = 1.78; 95%CI 1.34–2.36) a program aimed at the practice of physical activity. Women and those with lower educational level (p value for interaction < 0.05) reported lower physical activity levels. CONCLUSIONS In addition to the association with marital status and health promotion programs, there were significant sex and educational level inequalities in physical activity decline later in life. These findings help the identification of groups more vulnerable to decreased physical activity levels with aging, as well as the planning of health promotion strategies, especially in older groups.
  • Fatores associados à qualidade de vida percebida em adultos mais velhos: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Neri, Anita Liberalesso; Borim, Flávia Silva Arbex; Fontes, Arlete Portella; Rabello, Dóris Firmino; Cachioni, Meire; Batistoni, Samila Sathler Tavares; Yassuda, Mônica Sanches; Souza Júnior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabiola Bof de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Identificar fatores associados à qualidade de vida percebida em amostra nacional representativa da população com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados de 7.651 participantes da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A qualidade de vida percebida foi aferida pela escala CASP-19, considerando-se como boa qualidade de vida percebida o tercil mais alto. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, mobilidade, solidão, redes sociais, apoio social e participação social. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson multivariada. RESULTADOS A melhor qualidade de vida percebida apresentou associação positiva e independente com a frequência de encontros com amigos (RP = 1,25 para pelo menos uma vez a cada 2–3 meses e RP = 1,36 para pelo menos uma vez por semana), suporte instrumental dentro de casa, de cônjuge ou companheiro (RP = 1,69) e suporte emocional de outros parentes (RP = 1,45), de filho, nora ou genro (RP = 1,41) e do cônjuge ou companheiro(a) (RP = 1,33). Associações negativas foram observadas para idade igual ou superior a 80 anos (RP = 0,77), escolaridade igual a 4–7 e 8 anos ou mais (RP = 0,78 e 0,75, respectivamente) e dificuldade na mobilidade (RP = 0,83). CONCLUSÕES Além da idade e da escolaridade, a mobilidade, a sociabilidade e o suporte instrumental e emocional estão associados à qualidade de vida percebida entre adultos mais velhos brasileiros. Essas características devem ser consideradas nas ações visando à promoção da qualidade de vida dessa população.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To identify factors associated with perceived quality of life in a representative national sample of the population aged 50 or over. METHODS Data from 7,651 participants of the baseline ELSI-Brazil (Brazilian Longitudinal Study of Aging), conducted between 2015 and 2016, were used. The perceived quality of life was measured by the CASP-19 scale - (CASP - control, autonomy, self-fulfillment and pleasure), considering the highest tertile as good quality of life. The independent variables included socio-demographic characteristics, mobility, loneliness, and indicators of sociability (social network, social support and social participation). The associations were tested using multivariate Poisson regression. RESULTS The best perceived quality of life showed a positive and independent association with the frequency of contacts with friends (PR = 1.25 for at least once every 2–3 months and PR = 1.36 for at least once a week), instrumental support from spouse or partner in the household (PR = 1.69), and emotional support from other relatives (PR = 1.45), children or children in law (PR = 1.41) and spouse or partner (PR = 1.33). Negative associations were observed for participants aged 80 and over (RP = 0.77), with 4 to 7 or 8 or more years of schooling (PR = 0.78 and 0.75, respectively) and with difficulty in mobility (PR = 0.83). CONCLUSIONS In addition to age and schooling, mobility, sociability and instrumental and emotional support are associated with perceived quality of life among older Brazilian adults. These characteristics must be considered when actions are taken, aiming to promote quality of life in this population.
  • Perfil da fragilidade em adultos mais velhos brasileiros: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Andrade, Juliana Mara; Duarte, Yeda Aparecida de Oliveira; Alves, Luciana Correia; Andrade, Flávia Cristina Drumond; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Andrade, Fabíola Bof de

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência de fragilidade e avaliar os fatores associados na população brasileira, não institucionalizada, com 50 anos ou mais. MÉTODOS As análises foram conduzidas em 8.556 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), entre 2015 e 2016. A fragilidade foi definida com base em cinco características: perda de peso, fraqueza, redução de velocidade de marcha, exaustão e baixo nível de atividade física. Os participantes com três ou mais características foram classificados como frágeis. As covariáveis incluíram características sociodemográficas e condições de saúde. As análises multivariadas foram realizadas por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de fragilidade foi de 9,0% (IC95% 8,0–10,1) na faixa etária de 50 anos ou mais. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a prevalência aumentou para 13,5% (IC95% 11,9–15,3) e atingiu 16,2% (IC95% 14,3–18,3) entre aqueles com 65 anos ou mais. Os fatores associados à maior prevalência de fragilidade foram escolaridade mais baixa, residência sem um companheiro(a), condições de saúde (pior autoavaliação da saúde e duas ou mais doenças crônicas) e limitação para realizar atividades básicas da vida diária. CONCLUSÕES A prevalência de fragilidade entre brasileiros com 65 anos ou mais é semelhante à observada, na faixa etária correspondente, em países europeus. As piores condições de saúde, a limitação funcional e a baixa escolaridade emergem como os fatores mais fortemente associados à fragilidade nessa população.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of frailty and to evaluate the associated factors in the non-institutionalized Brazilian population aged 50 years or older. METHODS The analyses were conducted in 8,556 participants of the baseline survey of the Longitudinal Study of Health of the Brazilian Elderly (ELSI-Brazil) conducted in 2015 and 2016. Frailty was defined based on five characteristics: weight loss, weakness, slowness, exhaustion and low level of physical activity. Participants with three or more characteristics were classified as frail. A Poisson regression model was used to examine the association between frailty and sociodemographic and health factors. RESULTS The prevalence of frailty was 9.0% (95%CI 8.0–10.1) among participants aged 50 years or over. Among the older adults aged 60 or over, the prevalence was 13.5% (95%CI 11.9–15.3) and 16.2% (95%CI 14.3–18.3) among those 65 aged years or over. Factors associated with higher prevalence of frailty were low schooling, residence without a partner, health conditions (poor self-rated health and two or more chronic diseases) and limitation to perform basic activities of daily living. CONCLUSIONS The prevalence of frailty among Brazilians aged 65 years or older is similar to their European counterparts. Poor health conditions, functional limitation and low schooling emerge as the factors most strongly associated with the frailty in this population.
  • Inequalities in basic activities of daily living among older adults: ELSI-Brazil, 2015 Supplement Elsi-Brazil

    Andrade, Fabíola Bof de; Duarte, Yeda Aparecida de Oliveira; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Torres, Juliana Lustosa; Lima-Costa, Maria Fernanda; Andrade, Flavia Cristina Drumond

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the magnitude of wealth-related inequalities in basic activities of daily living among community-dwelling Brazilian older adults and to determine the contribution of demographic, socioeconomic, and health conditions to the inequality. METHODS We used data from the 2015 Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) with a nationally representative sample of adults aged 50 years or older. We assessed wealth-related inequalities in basic activities of daily living by the concentration index. Concentration index was decomposed to determine the contribution of demographic, health, and socioeconomic factors to wealth-related inequalities in basic activities of daily living. RESULTS The prevalence of disability in the sample was 15.7% (95%CI 14.9–17.6). The concentration index was -0.145 (95%CI -0.194– -0.097), which indicates that disability is concentrated in the poorest individuals in Brazil. Inequalities in basic activities of daily living disability are primarily explained by socioeconomic status (wealth and own education) not by demographic or health factors. CONCLUSIONS There are avoidable wealth-related inequities for those with a disability in Brazil. The strong contribution of the socioeconomic status highlights the need for new public health policies that promote equity, universality, and integrality, in addition to the expansion of home nursing public services.
  • Subutilização de medicamentos por motivos financeiros em adultos mais velhos: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Loyola Filho, Antônio Ignácio de; Firmo, Josélia Oliveira Araújo; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Peixoto, Sérgio Viana; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabíola Bof de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Acúrcio, Francisco de Assis

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Determinar a prevalência e os fatores associados à subutilização de medicamentos por motivos financeiros em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Entre 9.412 participantes do Estudo Longitudinal sobre a Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), 6.014 informaram usar medicamento(s) de uso contínuo e foram incluídos na análise. A subutilização de medicamentos foi definida como ter, por motivos financeiros, deixado de tomar ou ter diminuído o número de comprimidos ou a dose de algum medicamento receitado pelo médico. O marco teórico empregado para a seleção das variáveis exploratórias incluiu fatores predisponentes, capacitantes e de necessidade. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de subutilização de medicamentos foi de 10,6%. Após ajustes pertinentes, associações positivas e estatisticamente significantes (p < 0,05) com o desfecho foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,39]; renda familiar às vezes (RP = 1,74) e nunca (RP = 2,94) suficiente para as despesas; frequência com que o médico explica sobre a doença e tratamento (RP = 1,31 para raramente ou nunca); número de medicamentos utilizados (RP = 1,39 para 2–4 e 1,53 para 5 ou mais); autoavaliação da saúde razoável (RP = 2,02) e ruim ou muito ruim (RP = 2,92); e diagnóstico médico de depressão (RP = 1,69). Associações negativas foram observadas para idade igual a 60–79 (RP = 0,75) e 80 anos ou mais (RP = 0,43), posição socioeconômica do domicílio (RP = 0,70; 0,79 e 0,60 para o segundo, terceiro e quartil superior) e cobertura por plano privado de saúde (RP = 0,79). Não foram observadas associações entre hipertensão e diabetes autorreferidos e subutilização de medicamentos. CONCLUSÕES A subutilização de medicamentos por motivos financeiros tem caráter multidimensional e complexo, abrangendo características sociodemográficas, de condições de saúde e de utilização de serviços de saúde. Esclarecer ao paciente sobre a doença e o seu tratamento, e ampliar o acesso universal à assistência farmacêutica, podem minimizar os riscos da subutilização.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To assess the prevalence and factors associated with cost-related underuse of medications in a nationally representative sample of Brazilians aged 50 years and over. METHODS Among the 9,412 participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), 6,014 reported using at least one medication on regular basis and were included in the analysis. Underuse of medications was by stopping taking or reducing the number of tablets or the dose of any prescribed medication for financial reasons. The theoretical framework used for the selection of the exploratory variables included predisposing factors, enabling factors, and factors of need. Associations were tested by Poisson regression. RESULTS The prevalence of underuse of medications was 10.6%. After adjustments for relevant covariables, positive and statistically significant associations (p < 0.05) with the outcome were found for females [prevalence ratio (PR) = 1.39], sufficiency of the family income for expenses (PR = 1.74 for sometimes and PR 2.42 for never), frequency with which the physician explains about the disease and treatment (PR = 1.31 for rarely or never), number of medications used (PR = 1.39 for 2–4 and 1.53 for 5 or more), fair (PR = 2.02) and poor or very poor self-rated health (PR = 2.92), and a previous medical diagnosis of depression (PR = 1.69). Negative associations were observed for the age groups of 60–79 years (PR = 0.75) and 80 years and over (PR = 0.43), socioeconomic status of the household (PR = 0.70, 0.79, and 0.60 for the second, third, and fourth quartile, respectively), and private health plan coverage (PR = 0.79). There were no associations between hypertension and self-reported diabetes and underuse of medications. CONCLUSIONS Cost-related underuse of medications is multidimensional and complex, and it covers socio-demographic characteristics, health conditions, and the use of health services. The explanation about the disease and its treatment to the patient and the expansion of the universal access to pharmaceutical care can minimize the risks of underuse.
  • Life course socioeconomic inequalities and oral health status in later life: ELSI-Brazil Supplement Elsi-Brazil

    Andrade, Fabíola Bof de; Antunes, José Leopoldo Ferreira; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Oliveira, Cesar de

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To investigate the association between life course socioeconomic conditions and two oral health outcomes (edentulism and use of dental prostheses among individuals with severe tooth loss) among older Brazilian adults. METHODS This was a cross-sectional study with data from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) which includes information on persons aged 50 years or older residing in 70 municipalities across the five great Brazilian regions. Regression models using life history information were used to investigate the relation between childhood (parental education) and adulthood (own education and wealth) socioeconomic circumstances and edentulism and use of dental prostheses. Slope index of inequality and relative index of inequality for edentulism and use of dental prostheses assessed socioeconomic inequalities in both outcomes. RESULTS Approximately 28.8% of the individuals were edentulous and among those with severe tooth loss 80% used dental prostheses. Significant absolute and relative inequalities were found for edentulism and use of dental prostheses. The magnitude of edentulism was higher among individuals with lower levels of socioeconomic position during childhood, irrespective of their current socioeconomic position. Absolute and relative inequalities related to the use of dental prostheses were not related to childhood socioeconomic position. CONCLUSIONS These findings substantiate the association between life course socioeconomic circumstances and oral health in older adulthood, although use of dental prostheses was not related to childhood socioeconomic position. The study also highlights the long-lasting relation between childhood socioeconomic inequalities and oral health through the life course.
  • Função cognitiva entre adultos mais velhos: resultados do ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Castro-Costa, Erico; Lima-Costa, Maria Fernanda; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Ferri, Cleusa Pinheiro

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Investigar as variações macrorregionais da função cognitiva em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados da linha de base do Estudo Longitudinal dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), coletados entre 2015 e 2016. A memória foi aferida por meio de lista de 10 palavras e a função executiva, pela fluência verbal semântica, baseada na nomeação de animais. Como potenciais variáveis de confusão, incluímos: sexo, idade, escolaridade e residência rural ou urbana. RESULTADOS Entre os 9.412 participantes do ELSI-Brasil, 9.085 foram incluídos na análise; 53,9% eram mulheres e a média de idade foi 63,0 (0,42) anos. Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, os escores médios para memória e fluência verbal foram menores na região Nordeste e maiores no Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. Na região Sul, foram encontrados maiores escores para memória imediata e combinada. Em todas as regiões, participantes mais velhos e com menor escolaridade apresentaram piores escores para memória e fluência verbal. CONCLUSÕES Existem diferenças na função cognitiva entre adultos mais velhos nas distintas macrorregiões, que são independentes da idade, sexo, escolaridade e residência rural ou urbana.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To investigate macroregional variations in cognitive function in a national sample representative of the Brazilian population aged 50 years and older. METHODS Data from the baseline of the Longitudinal Study of Brazilian Elderly (ELSI-Brazil), collected between 2015 and 2016, were used. Memory was measured by means of a 10-word list and executive function, by semantic verbal fluency, based on the naming of animals. Gender, age, education, and rural or urban residence were potentially confounding RESULTS Among the 9,412 ELSI-Brazil participants, 9,085 were included in the analysis; 53.9% were women and the average age was 63.0 (0.42) years. After adjusting for potential confounding variables, average scores for memory and verbal fluency were lower in the Northeast region and higher in the Midwest and Southeast, respectively. In the South region, higher scores were found for immediate and combined memory. In all regions, older participants and those with lower schooling had worse scores for memory and verbal fluency. CONCLUSIONS There are differences in cognitive function among older adults in the different macroregions, independent of age, gender, schooling, and rural or urban residence.
  • Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Pimentel, Wendel Rodrigo Teixeira; Pagotto, Valéria; Stopa, Sheila Rizzato; Hoffmann, Maria Cristina Corrêa Lopes; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Menezes, Ruth Losada de

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Determinar a prevalência e os fatores associados a quedas em amostra nacional representativa da população idosa residente em áreas urbanas. MÉTODOS Foram utilizados dados de 4.174 participantes (60 anos ou mais) da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A variável de desfecho foi o relato de uma ou mais quedas nos últimos 12 meses. As variáveis exploratórias foram características sociodemográficas, fatores relacionados ao ambiente urbano e condições de saúde. A análise estatística foi realizada por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de quedas foi de 25,1%. Destas, 1,8% resultaram em fratura de quadril ou fêmur e, entre elas, 31,8% necessitaram de cirurgia com colocação de prótese. Após ajustes pertinentes, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) com a ocorrência de quedas foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,26], faixa etária igual ou superior a 75 anos (RP = 1,21), medo de cair devido a defeitos nos passeios (RP = 1,47), medo de atravessar a rua (RP = 1,22), diabetes (RP = 1,17), artrite ou reumatismo (RP = 1,29) e depressão (RP = 1,53). Não foram observadas associações significativas para o nível de escolaridade, a situação conjugal, a hipertensão e a percepção da violência na região de vizinhança. CONCLUSÕES Os fatores associados às quedas entre idosos são multidimensionais, incluindo características individuais e o ambiente urbano, o que indica a necessidade de ações intra e intersetoriais para a prevenção de quedas nessa população.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To assess the prevalence and factors associated with falls in a nationally representative sample of older Brazilians residing in urban areas. METHODS Data from 4,174 participants (60 years or older) from the baseline of ELSI-Brazil, conducted between 2015 and 2016, were used. The outcome variable was the reporting of one or more falls in the last 12 months. The exploratory variables were sociodemographic characteristics, factors related to the urban environment, and health conditions. Statistical analysis was performed using Poisson regression. RESULTS The prevalence of falls was 25.1%. Of these, 1.8% resulted in a hip or femur fracture and, among them, 31.8% required surgery for prosthesis placement. Statistically significant associations (p < 0.05) with falls were observed for females [prevalence ratio (PR) = 1.26], age group of 75 years or older (PR = 1.21), fear of falling due to defective sidewalks (PR = 1.47), fear of crossing streets (PR = 1.22), diabetes (PR = 1.17), arthritis or rheumatism (PR = 1.29), and depression (PR = 1.53). No significant associations were found for educational level, marital status, hypertension, and perception of violence in the neighborhood. CONCLUSIONS The factors associated with falls among older adults are multidimensional, comprising individual characteristics and the urban environment, which indicates the need for intra and intersectoral actions to prevent falls in this population.
  • Multimorbidade em indivíduos com 50 anos ou mais de idade: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Nunes, Bruno Pereira; Batista, Sandro Rogério Rodrigues; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Facchini, Luiz Augusto

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Avaliar a ocorrência e os fatores associados à multimorbidade entre brasileiros com 50 anos ou mais de idade. MÉTODOS Estudo transversal em uma coorte de base nacional da população brasileira não institucionalizada. Os dados foram coletados entre 2015 e 2016. A multimorbidade foi avaliada a partir de uma lista de 19 morbidades, sendo categorizada em ≥ 2 e ≥ 3 doenças. A análise incluiu cálculo de frequências e 10 pares e trios mais frequentes de combinações de doenças, além das análises bruta e ajustada dos fatores associados por meio de regressão de Poisson, incluindo variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e contextuais (zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família). RESULTADOS Do total de 9.412 indivíduos, 67,8% (IC95% 65,6–69,9) e 47,1% (IC95% 44,8–49,4) tinham ≥ 2 e ≥ 3 doenças, respectivamente. Na análise ajustada, mulheres, pessoas mais velhas e aqueles que não consumiam bebidas alcoólicas tiveram mais multimorbidade. Não foram observadas associações com cor da pele, zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família. Os 10 pares (frequências observadas entre 11,6% e 23,2%) e os 10 trios (frequências observadas entre 4,9% e 9,5%) de doenças mais frequentes incluíram, em sua maioria, problema de coluna (15 vezes) e hipertensão arterial sistêmica (11 vezes). Todas as combinações apresentaram frequência estatisticamente maior do que seria esperado ao acaso. CONCLUSÕES A ocorrência de multimorbidade foi elevada mesmo entre os indivíduos mais jovens (50 a 59 anos). Cerca de dois em cada três (≥ 2 doenças) e um em cada dois (≥ 3 doenças) indivíduos com 50 anos ou mais apresentaram multimorbidade, representando 26 e 18 milhões de pessoas no Brasil, respectivamente. Frequências elevadas de combinações de morbidades foram observadas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the occurrence and factors associated with multimorbidity among Brazilians aged 50 years and over. METHODS This is a cross-sectional study in a nation-based cohort of the non-institutionalized population in Brazil. Data were collected between 2015 and 2016. Multimorbidity was assessed from a list of 19 morbidities, which were categorized into ≥ 2 and ≥ 3 diseases. The analysis included the calculation of frequencies and the most frequent 10 pairs and triplets of combinations of diseases. The crude and adjusted analyses evaluated the demographic, socioeconomic, behavioral, and contextual variables (area of residence, geopolitical region, and coverage of the Family Health Strategy) using Poisson regression. RESULTS From the total of 9,412 individuals, 67.8% (95%CI 65.6–69.9) and 47.1% (95%CI 44.8–49.4) showed ≥ 2 and ≥ 3 diseases, respectively. In the adjusted analysis, women, older persons, and those who did not consume alcohol had increased multimorbidity. There were no associations with race, area of residence, geopolitical region, and coverage of the Family Health Strategy. The 10 pairs (frequencies observed between 11.6% and 23.2%) and the 10 triplets (frequencies observed between 4.9% and 9.5%) of the most frequent diseases mostly included back problems (15 times) and systemic arterial hypertension (11 times). All combinations were statistically higher than expected by chance. CONCLUSIONS The occurrence of multimorbidity was high even among younger individuals (50 to 59 years). Approximately two in three (≥ 2 diseases) and one in two (≥ 3 diseases) individuals aged 50 years and over presented multimorbidity, which represents 26 and 18 million persons in Brazil, respectively. We observed high frequencies of combinations of morbidities.
  • Hospitalizações entre adultos mais velhos: resultados do ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Melo-Silva, Alexandre Moreira de; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabíola Bof de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Examinar os fatores associados à ocorrência e à frequência de hospitalizações em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzido em 2015–2016. Considerou-se fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. As análises foram baseadas no modelo de regressão Hurdle e em estimativas de riscos atribuíveis populacionais. RESULTADOS Entre 9.389 participantes, 10,2% foram hospitalizados nos 12 meses precedentes. Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) foram observadas para fatores de necessidade (história de diagnóstico médico para doenças crônicas e limitação para realizar atividades básicas de vida diária) e para fatores facilitadores (residência em zona rural e nas regiões Norte e Centro-Oeste do país). A análise dos riscos atribuíveis populacionais (RAP) mostrou uma hierarquização dos fatores de necessidade para a ocorrência de hospitalizações, com maiores contribuições do acidente vascular cerebral (RAP = 10,7%) e da doença cardiovascular (RAP = 10,0%), seguidos do câncer (RAP = 8,9%), da limitação para realizar atividades básicas da vida diária (RAP = 6,8%), da depressão (RAP = 5,5%), do diabetes (RAP = 4,4%) e da hipertensão (RAP = 2,2%). CONCLUSÕES Quatro entre as principais doenças associadas às hospitalizações (acidente vascular cerebral, doença cardiovascular, diabetes e hipertensão) fazem parte da lista brasileira de internações sensíveis à atenção primária. Esses resultados mostram que existe uma janela de oportunidades para a redução de hospitalizações desnecessárias entre adultos brasileiros mais velhos por meio de ações efetivas da atenção primária.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To examine the factors associated with hospital use and their frequency in a nationally representative sample of the Brazilian population aged 50 years or older. METHODS Data from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted in 2015-2016, were used. Predisposing, enabling and need factors for the use of health services were considered. The analyzes were based on the Hurdle regression model and on estimates of population attributable risks. RESULTS Among 9,389 participants, 10.2% had been hospitalized in the previous 12 months. After adjusting for potential confounding variables, statistically significant associations (p < 0.05) were observed for need factors (previous medical diagnosis for chronic diseases and limitation to perform basic activities of daily living) and for enabling factors (living in a rural area and in the North and Midwest regions of the country). The analysis of population attributable risks (PAR) showed a hierarchy of the need factors for the occurrence of hospitalizations, with higher contributions by stroke (PAR = 10.7%) and cardiovascular disease (PAR = 10.0%), followed by cancer (PAR = 8.9%), difficulty to perform basic activities of daily living (PAR = 6.8%), depression (PAR = 5.5%), diabetes (PAR = 4.4% ) and hypertension (PAR = 2.2%). CONCLUSIONS Four of the major diseases associated with hospitalizations (stroke, cardiovascular disease, diabetes and hypertension) are part of the Brazilian list of primary care-sensitive hospitalizations. These results show that there is a window of opportunity to reduce unnecessary hospitalizations among older Brazilian adults through effective primary care actions.
  • Controle da hipertensão arterial entre adultos mais velhos: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Firmo, Josélia Oliveira Araújo; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Peixoto, Sérgio Viana; Loyola Filho, Antônio Ignácio de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabíola Bof de; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência do controle adequado da hipertensão arterial sistêmica entre adultos mais velhos e examinar a sua associação com fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. MÉTODOS A análise foi conduzida em 4.148 participantes (≥ 50 anos) da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), que informaram ser hipertensos e estar em uso de medicação anti-hipertensiva. O controle adequado da hipertensão arterial foi definido pela pressão sistólica e diastólica inferior a 140 mmHg e 90 mmHg, respectivamente. As variáveis exploratórias incluíram: idade, sexo, comportamentos em saúde e índice de massa corporal (fatores predisponentes); macrorregião de residência, residência rural ou urbana, escolaridade, situação socioeconômica do domicílio e cobertura por plano privado de saúde (fatores facilitadores); diagnóstico médico para diabetes (fator de necessidade). A análise multivariada foi feita por meio da regressão de Poisson e regressão logística binária. RESULTADOS A prevalência do controle adequado da hipertensão arterial foi igual a 51,1% (IC95% 48,5–53,6). Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significativas (p < 0,05) foram observadas para escolaridade > 4 anos [razão de prevalência (RP) = 1,12 em relação ao nível inferior], quintil superior do nível socioeconômico (RP = 1,22 em relação ao quintil mais baixo), cobertura por plano privado de saúde (RP = 1,13), residência nas regiões Sul (RP = 1,19) e Centro-Oeste (RP = 1,20) em relação à região Sudeste, e obesidade (RP = 1,10). CONCLUSÕES Metade da população estudada apresentou controle adequado da hipertensão arterial. A melhora desse controle é um importante desafio, que deve considerar a superação das desigualdades sociais e regionais a ele associadas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of adequate control of hypertension among older adults and to examine its association with predisposing and enabling factors and the need to use health services. METHODS The analysis was carried out with 4,148 participants (≥ 50 years) from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), who reported being hypertensive and using antihypertensive medication. Adequate control of hypertension was defined as systolic and diastolic blood pressure below 140 mmHg and 90 mmHg, respectively. The following exploratory variables were included: age, sex, health behaviors, and body mass index (predisposing factors); region of residence, rural or urban residence, education level, socioeconomic status of the household, and coverage by private health plan (enabling factors); and medical diagnosis of diabetes (need). The multivariate analysis was performed using Poisson regression and binary logistic regression. RESULTS The prevalence of adequate control of hypertension was equal to 51.1% (95%CI 48.5–53.6). After adjusting for potential confounders, we observed statistically significant associations (p < 0.05) for education level > 4 years [prevalence ratio (PR) = 1.12 in relation to the lowest level], highest quintile of the socioeconomic status (PR = 1.22 in relation to the lowest quintile), coverage by private health plan (PR = 1.13), residence in the South (PR = 1.19) and Midwest regions (PR = 1.20) in relation to the Southeast region, and obesity (PR = 1.10). CONCLUSIONS Half of the population studied had adequate control of hypertension. The improvement of this control is an important challenge, which should consider overcoming social and regional inequalities associated with it.
  • Aspectos da participação social e a percepção da vizinhança: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Ferreira, Fabiane Ribeiro; César, Cibele Comini; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Lima-Costa, Maria Fernanda; Proietti, Fernando Augusto

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Determinar o impacto do entorno físico e social da vizinhança, que se apresentam como facilitadores ou barreiras, para a participação social de adultos mais velhos brasileiros. MÉTODOS O estudo foi conduzido em amostra probabilística representativa da população brasileira, residente em áreas urbanas, com 50 anos ou mais de idade (n = 7.935). A variável resposta foi participação social, definida a partir de duas perguntas sobre atividades realizadas com outras pessoas: visitou seus amigos ou familiares em suas casas nos últimos 12 meses (sim, não); saiu com outras pessoas para lugares públicos, como restaurante, cinema, clube, praça, nos últimos 12 meses (sim, não). As variáveis explicativas incluíram medo de cair por causa de defeitos nos passeios, preocupação com a dificuldade de subir em ônibus, metrô ou trem, dificuldade em atravessar a rua e percepção de violência na vizinhança. As potenciais variáveis de confusão incluíram faixa etária, situação conjugal, escolaridade, autoavaliação da saúde, residência em rua asfaltada ou pavimentada, tempo de moradia no município e escore de indicador de posição socioeconômica. Razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança foram estimados por meio da regressão de Poisson. RESULTADO A dificuldade em atravessar a rua apresentou associação independente com a restrição para participação social (RP = 0,95; IC95% 0,93–0,98), tanto entre as mulheres (RP = 0,96; IC95% 0,92–0,99) quanto entre os homens (RP = 0,94; IC95% 0,90–0,99). A preocupação com a dificuldade de subir em ônibus, metrô ou trem apresentou associação com o desfecho somente entre os homens (RP = 0,95; IC95% 0,91–0,99). O medo de cair por causa de defeitos nos passeios e a percepção de violência na vizinhança não foram associados à participação social. CONCLUSÕES Características urbanas que ocasionam dificuldade em atravessar a rua e a acessibilidade ao transporte público podem ser inferidas como importantes barreiras para a participação social de adultos mais velhos brasileiros.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To determine the impact of the physical and social surroundings of the neighborhood, which are presented as facilitators or barriers for the social participation of Brazilian older adults. METHODS The study was conducted in a probabilistic representative sample of the Brazilian population aged 50 years and older and who lived in urban areas (n = 7,935). The response variable was social participation, which was defined from two questions about activities performed with other persons: visited friends or relatives in their homes in the last 12 months (yes, no); went out with other persons to public places, such as restaurant, movies, club, park, in the last 12 months (yes, no). The explanatory variables included fear of falling because of defects in sidewalks, concern about the difficulty to get on a bus, subway, or train, difficulty to cross streets, and perception of violence in the neighborhood. Potential confounding variables included age, marital status, education level, self-rated health, living in an asphalted or paved street, time living in the municipality, and socioeconomic position score. Prevalence ratios and respective confidence intervals were estimated using Poisson regression. RESULT Difficulty to cross streets presented an independent association with restricted social participation (PR = 0.95; 95%CI 0.93–0.98) among both women (PR = 0.96; 95%CI 0.92–0.99) and men (PR = 0.94; 95%CI 0.90–0.99). Concern about the difficulty to get on a bus, subway, or train was associated with the outcome only among men (PR = 0.95; 95%CI 0.91–0.99). The fear of falling because of defects in sidewalks and the perception of violence in the neighborhood were not associated with social participation. CONCLUSIONS Urban characteristics that hinder the crossing of streets and accessibility to public transport can be inferred as important barriers for the social participation of Brazilian older adults.
  • Curso da vida e capacidade para o trabalho entre adultos mais velhos: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Castro, Camila Menezes Sabino de; Lima-Costa, Maria Fernanda; César, Cibele Comini; Neves, Jorge Alexandre Barbosa; Andrade, Fabíola Bof de; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Sampaio, Rosana Ferreira

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Examinar os fatores associados à percepção da capacidade para o trabalho em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados de 8.903 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). A variável dependente foi a autoavaliação da capacidade para o trabalho (boa ou muito boa versus razoável, ruim ou muito ruim). As variáveis independentes incluíram fatores que operam no início, no meio e na fase atual da vida. A análise multivariada foi baseada em razões de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) estimados por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS A boa capacidade para o trabalho foi informada por 49% dos participantes (49,4% entre homens e 48,6% entre mulheres). Os resultados da análise multivariada mostraram que, tanto para homens quanto para mulheres, a boa capacidade para o trabalho apresentou associações positivas e estatisticamente significantes (p < 0,05) com ter saúde boa até os 15 anos de idade (RP = 1,22 e 1,18, respectivamente), escolaridade ≥ 8 anos (RP = 1,19 e 1,21, respectivamente) e autoavaliação da saúde atual como boa (RP = 1,88 e 1,94, respectivamente). Associações negativas foram observadas para idade atual (RP = 0,99 para cada incremento de um ano), diagnóstico médico de depressão (RP = 0,70 para homens e RP = 0,87 para mulheres) e ter uma ou mais doenças crônicas (RP = 0,88 para homens e 0,91 para mulheres). Apenas entre os homens, associações positivas foram observadas para idade em que começou a trabalhar (RP = 1,14 e 1,12 para 11–17 e ≥ 18 anos) e residência com o cônjuge (RP = 1,09). CONCLUSÕES A capacidade para o trabalho nas idades mais velhas é construída ao longo da vida, particularmente pelas condições de saúde na infância e na adolescência, pela idade em que os homens começam a trabalhar, pela escolaridade e pelas condições de saúde nas idades mais velhas. Políticas visando ao aumento da longevidade no mercado de trabalho devem levar em conta esses fatores.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To examine factors associated with perception of work ability in a nationally representative sample of Brazilians aged 50 years and over. METHODS We used data from 8,903 participants of the baseline survey of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil). The dependent variable was self-rated work ability (good or very good versus fair, poor, or very poor). Independent variables included factors that operate at the beginning, middle, and current stage of life. Multivariate analysis was based on prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI) estimated by Poisson regression. RESULTS Good work ability was reported by 49% of \ participants (49.4% among men and 48.6% among women). Results of the multivariate analysis showed that, for both men and women, good work ability showed positive and statistically significant associations (p < 0.05) with good health up to 15 years of age (PR = 1.22 and 1.18 , respectively), educational level ≥ 8 years (PR = 1.19 and 1.21, respectively), and current good self-rated health (PR = 1.88 and 1.94, respectively). Negative associations were observed for current age (PR = 0.99 for each increase of one year among men and women), medical diagnosis of depression (PR = 0.70 for men and PR = 0.87 for women), and having one or more at least chronic diseases (PR = 0.88 for men and 0.91 for women). Only for men, positive associations for the age at which they started working (PR = 1.14 and 1.12 for 11–17 and ≥ 18 years, respectively) and living with a spouse (PR = 1.09) were found. CONCLUSIONS Work ability in older ages is built over the life course, particularly by the health conditions in childhood and adolescence, age at which men begin working, educational level, and health conditions in older ages. Policies aimed at increasing longevity in the labor market must take these factors into account.
  • Cuidado e limitações funcionais em atividades cotidianas – ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Giacomin, Karla Cristina; Duarte, Yeda Aparecida Oliveira; Camarano, Ana Amélia; Nunes, Daniella Pires; Fernandes, Daniele

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Investigar as prevalências da demanda e da oferta de cuidados à população brasileira com limitações funcionais em atividades básicas da vida diária. MÉTODOS Estudo quantitativo e descritivo, que utiliza dados da linha de base do ELSI-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Idoso), estudo de coorte com amostra representativa da população brasileira de pessoas a partir de 50 anos (n = 9.412). Considera-se a demanda de cuidados a partir do autorrelato de ter alguma dificuldade para o desempenho de pelo menos uma atividade básica da vida diária (comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, locomover-se em um cômodo e transferir-se da cadeira). A oferta de cuidado foi medida por ter alguma ajuda para realizar a atividade básica da vida diária. RESULTADOS Cerca de um quarto dos indivíduos avaliados (23,2%) relatou dificuldade em pelo menos uma atividade básica da vida diária, sobretudo quanto à transferência e vestimenta. A idade, a escolaridade e o número de doenças crônicas associaram-se de forma significativa com a dificuldade nas atividades básicas da vida diária. Entre os que referiam dificuldade, 35,1% contavam com a ajuda de outrem e 11,8% não recebiam nenhuma ajuda (insuficiência de cuidado). As atividades com maior insuficiência de cuidado foram: tomar banho (13,3%) e transferir-se (11,7%), o que revela uma condição indigna de sobrevivência. O cuidado continua sendo uma questão familiar (94,1%) e feminina (72,1%); apesar das importantes mudanças ocorridas na sociedade, ainda há insuficiência de políticas de cuidado voltadas para essa área. Dos cuidadores, 25,8% referiram parar de trabalhar ou estudar para exercer essa função; e apenas 9,2% eram remunerados (contratados ou familiares). CONCLUSÕES Os resultados do ELSI-Brasil revelam a expressiva demanda de cuidados pela população brasileira a partir de 50 anos com limitações funcionais em atividades básicas de vida diária e a insuficiência de políticas de cuidados voltadas a esse público.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To investigate the prevalence of demand and provision of care for the Brazilian population with functional disabilities in activities of daily living. METHODS This is a quantitative and descriptive study using baseline data from ELSI-Brazil (Brazilian Longitudinal Study of Aging), a cohort study with a representative sample of the Brazilian population aged 50 years or older (n = 9,412). We considered the demand for care from the self-report of having some difficulty to perform at least one activity of daily life (eating, bathing, going to the toilet, dressing, moving in a room [ambulation], and transferring from chair [transfer]). Care supply was measured by having some help to perform the activity of daily living. RESULTS Approximately a quarter of the individuals evaluated (23.2%) reported difficulty in at least one activity of daily living, especially regarding transfer and dressing. Age, schooling, and number of chronic diseases were significantly associated with the difficulty in activities of daily living. Among those who reported difficulty, 35.1% received help of others and 11.8% did not receive (lack of care). The activities with greater lack of care were bathing (13.3%) and transfer (11.7%), which reveals an undignified survival condition. Care remains a family (94.1%) and female (72.1%) issue; despite the important changes that have taken place in society, there is still a lack of care policies. Of the total caregivers, 25.8% reported stopping working or studying to perform this role and only 9.2% were paid (hired ones or family members). CONCLUSIONS The ELSI-Brazil results reveal the expressive care demand of the Brazilian population aged 50 years or older with functional disabilities on activities of daily living and the lack of care policies aimed at this public.
  • Fatores associados ao recebimento de aposentadorias entre adultos mais velhos: ELSI-Brasil Suplemento Elsi-Brasil

    Andrade, Eli Iola Gurgel; Cherchiglia, Mariângela Leal; Souza Junior, Paulo Roberto Borges de; Andrade, Fabíola Bof de; Mambrini, Juliana Vaz de Melo; Lima-Costa, Maria Fernanda

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência do recebimento de aposentadorias e pensões e analisar seus fatores associados em amostra nacional da população com 50 anos ou mais. MÉTODOS Foram utilizados dados de 9.130 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). O desfecho foi o recebimento do benefício por qualquer fonte. As variáveis exploratórias incluíram: idade, sexo, residência por região e zona urbana ou rural, arranjos domiciliares, escolaridade, bens domiciliares, suficiência da renda, idade em que começou a trabalhar, número de doenças crônicas e limitação funcional. As regressões de Poisson e logística binária foram utilizadas nas análises. RESULTADOS A prevalência do recebimento do benefício foi de 54,3%. Na análise multivariada, os seguintes fatores apresentaram associações significantes (p < 0,05) com o recebimento do benefício: idade [razão de prevalência (RP) = 2,59 e 3,24 para 60–69 e 70 anos], residência rural (RP = 1,23), residência no Nordeste, Sul e Sudeste em comparação ao Norte (RP variando entre 1,18 e 1,23), arranjos domiciliares (RP = 1,07 e 1,15 para morar com uma pessoa e para morar só), percepção da suficiência da renda (RP = 1,08 e 1,15 para às vezes e sempre suficiente), ter doenças crônicas (RP = 1,09 e 1,17 para 1 e ≥ 2) e limitação funcional (RP = 1,13). Associação negativa foi observada para escolaridade igual a 5–8 anos (RP = 0,88). O recebimento do benefício não foi associado com a idade em que começou a trabalhar. Participantes mais jovens (50–59 anos) com ≥ 2 doenças crônicas ou limitação funcional foram 31% e 63% mais propensos a receber o benefício. Com o aumento da idade, a força dessas associações diminuiu. CONCLUSÕES Os resultados sugerem que as condições de saúde são importantes determinantes da aposentadoria ou pensão precoce. As discussões para aumentar a idade da aposentadoria não podem ser separadas daquelas acerca de melhorias das condições de saúde da população brasileira.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of receipt of pensions and associated factors in a nationally representative sample of the Brazilian population aged 50 years and over. METHODS We used data from 9,130 participants from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) baseline survey. The outcome variable was receipt of pensions from any source. The exploratory variables were age, gender, residence by region and by urban/rural area, household arrangements, schooling, household assets, perception of income sufficiency, age when started working, number of chronic diseases, and functional limitation. The analyses were based on the Poisson and binary logistic regressions. RESULTS The prevalence of the receipt of pension was 54.3%. In the multivariate analysis, the following factors showed statistically significant (p < 0.05) associations with the outcome: age [Prevalence Ratio (PR) = 2.59 and 3.24 for 60–69 and 70 years], rural residence (PR = 1.23 ), residence in the Northeast, South and Southeast compared to the North (PR ranging from 1.18 to 1.23), living arrangements (PR = 1.07 and 1.15 for living with one person and living alone), perception of income sufficiency (PR = 1.08 and 1.15 for sometimes and always), functional limitation (PR = 1.13) and having 1 and ≥ 2 chronic diseases (PR = 1,09 and 1,17). Negative association was observed for 5-8 years of education. No association between age when the individual started working and the outcome was observed. Younger participants (50–59 years old) with ≥ 2 diseases or functional limitation were 31% and 63% more likely to receive pensions, respectively; the strength of these associations declined with age. CONCLUSIONS The results suggest that health conditions are important determinants of early retirement. Discussions to increase age to the retirement cannot be separated from those on improvements in the health conditions of the Brazilian population.
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo Avenida Dr. Arnaldo, 715, 01246-904 São Paulo SP Brazil, Tel./Fax: +55 11 3061-7985 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revsp@usp.br