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Agressividade entre isolados dos grupos genéticos I e II de Cercospora zeae-maydis

Durante muitos anos, a cercosporiose, causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis Tehon & Daniels, não foi considerada importante para a cultura do milho (Zea mays, L.) no Brasil. Entretanto, a recente utilização de práticas culturais como o plantio direto e o cultivo sob pivôs centrais favoreceram o aumento de sua severidade e incidência, de forma que a doença é hoje considerada uma das mais importantes da cultura. Isolados de C. zeae-maydis podem ser distinguidos em dois grupos genéticos (I e II) baseados em marcadores AFLP e polimorfismos das regiões ITS e rDNA 5.8S. Até o momento, no entanto, a implicação biológica de tal distinção não é conhecida. Este trabalho objetivou determinar se isolados dos dois grupos genéticos diferem em agressividade em milho. Para tal, sintomas de um híbrido suscetível foram avaliados sob condições de casa de vegetação após inoculação com 9 e 11 isolados de C. zeae-maydis dos grupos I e II, respectivamente. Plantas no estádio V3 foram inoculadas através do depósito de sementes de sorgo colonizadas pelo patógeno no cartucho. Os sintomas foram avaliados 30 após com uma escala visual. Em média, isolados do grupo genético II foram mais agressivos que os do grupo I, com índices médios de doença de 3.1 e 2.3, respectivamente. Também observamos diferenças entre experimentos que sugerem diferenças em adaptabilidade dos grupos I e II a ambientes diferentes. Este é o primeiro relato de diferenças em agressividade entre isolados dos dois grupos genéticos de C. zeae-maydis.

resistência a doenças; cercosporiose; variabilidade genética; patogenicidade


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