A arquitetura da planta e sua interação com práticas agronômicas e variáveis ambientais determinam a estrutura do dossel vegetal, que está envolvida na assimilação de carbono, fertilidade das gemas e qualidade da fruta. Neste contexto, avaliou-se o comportamento de um vinhedo de 'Syrah' conduzido nos sistemas espaldeira (VSP) e Dupla Cortina de Geneva modificado (GDC). As avaliações da superfície foliar primária, relações hídricas e assimilação líquida de carbono foram realizadas no final do período de maturação da uva. Foi feita estimativa da produção por planta e por hectare e avaliados o peso e diâmetro das bagas e teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável durante o amadurecimento das bagas. As plantas conduzidas em espaldeira apresentaram melhor hidratação, sendo observadas diferenças no potencial hídrico da folha (ψpd) e do caule (ψstem). A assimilação líquida de CO2 não foi afetada pelos sistemas adotados, e a redução no ψpd e ψstem observada no sistema GDC não alterou a taxa fotossintética. A exposição da fruta foi maior no sistema em espaldeira, o que contribuiu para aumento na temperatura das bagas. Na colheita, as bagas do sistema GDC atingiram valores próximos a 23 ºBrix, enquanto no sistema em espaldeira, os valores não passaram de 21 ºBrix.
assimilação de CO2; manejo de dossel; potencial hídrico; temperatura da baga; qualidade dos frutos