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Dessorção de cobre em solo com carga variável

A adsorção de metais pesados aos solos é mais estudada do que sua dessorção. No entanto, o processo de dessorção está diretamente relacionado à disponibilidade dos elementos às plantas. A dessorção de cobre em amostras superficiais (0-0,2 m) e subsuperficiais (1,0-1,2 m) de um Latossolo Vermelho acriférrico foi estudada em dois valores de pH (4,5 e 7,5). Foram adicionados até 400 mg kg-1 de Cu em amostras incubadas por 4 e 12 semanas, tendo o CaCl2 como eletrólito suporte nas concentrações de 0,01 e 0,001 mol L-1. No pH mais elevado (7,5), em todos os períodos de incubação, as amostras adsorveram praticamente todo o cobre adicionado, indicando que o tempo de 24 h de agitação para se atingir o equilíbrio foi suficiente para atingir a adsorção máxima. A adsorção de Cu variou com o tempo de incubação do elemento com o solo. No pH mais baixo (4,5), a adsorção foi bem menor após 24 h de incubação. Após 4 e 12 semanas, as adsorções foram elevadas e semelhantes para todas as amostras, independentemente da profundidade e do pH. Para todas as doses estudadas, o efeito do tempo de incubação na adsorção de cobre pelo solo sobrepujou o efeito do pH. O fenômeno de histerese foi expressivo, sugerindo que o Cu forma ligações de alta energia com os colóides do solo. O cloreto de cálcio não foi eficiente para dessorver cobre nativo do solo.

cobre; dessorção; força iônica; pH


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