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Controle genético da dormência e da germinação precoce em trigo

Germinação precoce na espiga (PHS) ocasiona perdas significativas nas regiões produtoras de trigo, causando depreciação na qualidade do produto final, o que resulta em prejuízos para os produtores e os moageiros. A cor vermelha do grão é um marcador tradicional para resistência à germinação nos programas de melhoramento de trigo, todavia, o genótipo de grão vermelho sózinho não garante resistência efetiva. O objetivo desse trabalho foi encontrar gene(s) para resistência à PHS e estudar a herança do caráter dormência de semente nos cultivares de trigo brasileiro. A variação genética para dormência foi investigada nos parentais, no F1 e em 300 linhas F2 derivadas do cruzamento de Frontana × OR1, e o cruzamento recíproco. Os grãos brotados (sprouted) e os dormentes foram avaliados pelo teste de germinação, em rolo de papel, a 20º C por 5 dias. Observou-se uma distribuição bimodal na população F2 para Frontana × OR1 e OR1 × Frontana. A taxa segregante de sementes dormentes e não dormentes foi de 85:1115, o que revela um modelo digênico de 1:15 (P < 0,05). Na verdade, todas as sementes F1, logo após a colheita, germinaram. Esse resultado e a distribuição F2 indicam que dormência parece ser recessiva e que há o envolvimento de dois genes, denominados de A,a e B,b controlando a dormência da semente de trigo. Somente o genótipo homozigoto aabb é dormente. Como esperado, não houve efeito dos tecidos maternais.

Triticum aestivum; QTL; alfa-amilase; modelo digênico; fenótipo


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