As plantas daninhas competem com as culturas por água, luz e nutrientes, sendo que esta competição é função da densidade de ocorrência das plantas daninhas, bem como da habilidade competitiva intrínseca de cada espécie. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a competitividade de cinco espécies de Amaranthus L. (A. deflexus, A. hybridus, A. retroflexus, A. spinosus e A. viridis) com plantas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. - cultivar Carioca Precoce), por meio de experimentos em delineamentos substitutivos. A população total de quatro plantas por vaso de 2,8 L, que equivale a uma densidade de 80 plantas m-2, foi fixada em todos os tratamentos, variando-se as proporções entre as duas espécies em convivência. Para as proporções, as parcelas receberam o transplante de plântulas de Amaranthus em estádio de folhas cotiledonares plenamente expandidas e semeadura do feijão. Utilizou-se modelo de tratamentos fatorial 5 x 5, ou seja, cinco espécies de Amaranthus (carurus) e cinco proporções de plantas (feijão:caruru): 4:0, 3:1, 2:2, 1:3 e 0:4. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, sendo o experimento repetido duas vezes. A cultura do feijoeiro foi melhor competidora que todas as espécies de Amaranthus estudadas neste trabalho, quando cultivadas em proporções iguais; A. deflexus e A. viridis foram as espécies com a fenologia menos afetada pela competição com o feijoeiro; a competição intraespecífica foi a mais prejudicial ao feijoeiro, o que sugere que os danos causados pelas plantas daninhas estão mais relacionados com as altas densidades de ocorrência do que com a habilidade competitiva intrínseca das espécies.
Phaseolus vulgaris L.; caruru; competitividade; massa seca
