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Desenvolvimento morfofisiológico de sementes de ipê-amarelo (Tabeluia serratifolia Vahl Nich.)

Tabebuia serratifolia é utilizada no reflorestamento de áreas degradadas. Devido à sua exploração indevida, encontra-se em perigo de extinção, apesar de protegida por lei para preservação permanente. Foram investigadas as alterações morfofisiológicas de sementes de ipê-amarelo ao longo do desenvolvimento, para fins de auxiliar a conservação dessa espécie. Os frutos foram coletados a partir da antese, em sete estádios de desenvolvimento, em árvores localizadas na região de Lavras, MG, Brasil. Em cada coleta, as sementes foram submetidas às análises radiográficas e microscópicas, avaliando-se as colorações e tamanho, o grau de umidade e matéria seca tanto dos frutos como das sementes, a germinação in vitro e ex vitro, bem como os teores de açúcares, polifenóis e proteínas resistentes ao calor. Durante o desenvolvimento os frutos que inicialmente eram verdes passaram para amarronzados e o comprimento de 7 para 18 cm, apresentando fendas que iniciam a dispersão de suas sementes. As sementes tiveram sua cor variando de verde-folha a amarronzado e comprimento de 1 a 3 cm. As alterações iniciais indicativas da maturidade fisiológica de sementes de ipê-amarelo ocorreram a partir dos 39 dias após a antese, quando ocorreram variações na coloração, no tamanho de frutos e sementes e na visualização das estruturas internas, além de aumentos nos teores de água, matéria seca e porcentagem de germinação de sementes e embriões e ainda, redução dos açúcares redutores e das proteínas resistentes ao calor. A maturidade fisiológica das sementes de Tabebuia serratifolia é alcançada aos 53 dias após a antese, coincidindo com o acúmulo máximo de matéria seca, germinação (e índice de velocidade de germinação), além de decréscimo no teor de polifenóis e maior intensidade de bandas inidicadoras de proteínas resistentes ao calor e o início da abertura dos frutos.

sementes florestais; maturação; qualidade de sementes; preservação


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