Cultivares de batata (Solanum tuberosum L.) têm mostrado degenerescência causada por vírus após ciclos sucessivos do uso de tubérculos de campos comerciais como material propagativo. Este trabalho verifica a ocorrência de infecção simples e mista de quatro vírus da batata na Paraíba e apresenta adequação da técnica de cultivo in vitro para obtenção de material livre de Potato virus Y (PVY), incluindo uso de microestacas, termo e quimioterapia. Plantas de batata do cv. Baraka foram submetidas à indexação sorológica pelo teste "direct antigen coating" ELISA. Utilizaram-se antissoros contra o PVY, Potato virus X (PVX), Potato virus S (PVS) e Potato leafroll virus (PLRV). Materiais com reação positiva para PVY foram submetidos a tratamentos visando à eliminação viral. Microestacas (1,0 cm de comprimento) com uma gema foram excisadas e inoculadas em meio nutritivo de Murashige & Skoog (MS), suplementado com 1,0 mg L-1 de cinectina, 0,00l mg L-1 de ácido naftaleno acético (ANA) e 0,1 mg L-1 de ácido giberélico (GA3). Termoterapia a 37ºC, durante 30 e 40 dias, promoveu a eliminação do PVY em 20,0 e 37,5% no material testado, respectivamente. A quimioterapia foi realizada com Ribavirin (RBV), 5-Azacitidina (AZA) e 3-Deazauridine (DZD). O RBV apresentou os melhores índices de erradicação de vírus com a obtenção de 55,5% de plantas sadias. Tratamentos simultâneos de termo e quimioterapia mostraram maior eficiência na eliminação viral, atingindo um percentual de plantas sadias da ordem de 83,3 com RBV, 70,0 com AZA e 50,0 com DZD.
Solanum tuberosum; limpeza clonal; termoterapia; quimioterapia