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Flutuação sazonal da comunidade bacteriana e da atividade microbiana em solos sob euaclipto e pinus

O acúmulo e decomposição da serapilheira em solos de florestas dependem das condições climáticas e bióticas. Este trabalho avaliou as variações mensais no número de bactérias totais e nas atividades da desidrogenase e da respiração microbiana, relacionando-as à quantidade de serapilheira depositada e aos teores de matéria orgânica e de água do solo. O estudo foi realizado de abril de 1999 a março de 2000 em um Latossolo Vermelho-Escuro plantado com eucalipto e com Pinus. Houve influência do clima e das variáveis do solo nas bactérias totais e a atividade microbiana. Todas as variáveis ajustaram-se a equações de 3º grau. Durante o verão, foram obtidos os maiores valores de temperatura e de chuvas e, consequentemente, todas as variáveis estudadas apresentaram seus valores máximos neste período, e os valores mínimos no outono-inverno ou, para alguns parâmetros, até mesmo na primavera. A correlação positiva comprovou a influência da matéria orgânica e da água do solo no número de bactérias e nas atividades respiratórias e da desidrogenase. O teor de serapilheira sobre o solo também foi maior no verão do que no inverno, mas só apresentou correlação com as contagens de bactérias (r = 0,52***). Contudo, a correlação entre os teores de serapilheira e os de matéria orgânica (r = 0,64***) e de água do solo (r = 0,49**) demonstra que a matéria orgânica pode ter influenciado a atividade microbiana. Todas as variáveis analisadas no solo de eucalipto foram maiores do que no de Pinus, provavelmente favorecidas pela melhor fertilidade e maior valor do pH.

NMP; desidrogenase; respiração microbiana; serapilheira; temperatura


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