O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento das proteínas séricas de 32 bezerros recém-nascidos submetidos a diferentes programas de aleitamento. Foram utilizados animais com duas diferentes condições de imunidade passiva adquirida, alta e baixa, divididos em dois grupos, com e sem fornecimento prolongado de colostra. Os tratamentos foram os seguintes: T1 - alto/leite; T2 -baixo/leite; T3 - alto/colostro; T4 - baixo/ colostro. Foram avaliados os parâmetros séricos de proteína total (PT), albumina e imunoglobulina G (IgG). O grupo alto (T1 e T3) apresentou uma concentração média superior de proteína total (p = 0,0033) e imunoglobulina (p = 0,0001) séricas comparadas com os valores encontrados para o grupo baixo (T2 e T4). Proteína total e albumina apresentaram concentrações médias superiores (p = 0,0001 e p = 0,059) no grupo colostra (T3 e T4) comparado com o grupo leite (T1 e T2). Os valores mínimos médios para PT e IgG foram superiores (p = 0,082 e p = 0,0001) no grupo alto comparado com o grupo baixo. A data de ocorrência do valor médio mínimo no grupo alto para PT foi 40 dias, valor superior (p = 0,0012) aos 20 dias encontrado para o grupo baixo. O mesmo ocorreu para IgG (p = 0,060), tendo sido obtido 50 e 40 dias, respectivamente, para os grupos alto e baixo. Os animais que receberam colostra (T3 e T4) apresentaram, apenas para PT, valor superior (p = 0,0002) para o parâmetro menor valor médio, que ocorreu aos 30 dias de idade. A data de ocorrência do valor médio mínimo para IgG não diferiu entre os animais que receberam colostro e leite (40 dias). O fornecimento prolongado de colostro na dieta pode favorecer o processo de síntese de proteínas séricas em bezerros recém-nascidos.
colostro; proteínas séricas; imunidade passiva; bezerro