Resumo
A entrevista com o sociólogo britânico Huw Beynon, autor de Trabalhando para a Ford, entrelaça as dinâmicas de trajetória intelectual, desenvolvimento institucional da sociologia (do trabalho, em particular), da política britânica e da tradição marxista. O autor reflete sobre uma vasta experiência na construção e difusão de uma sociologia crítica, centrada no engajamento com seu objeto e público extra- acadêmico. Destacam-se aqui as experiências em educação de adultos e de extensão com trabalhadores, as primeiras expressões da globalização e neoliberalismo como "movimento de fechamento" de fábricas - assim como as reações acadêmicas e sindicais ao processo -, além de respostas político-culturais recentes acerca da preservação de uma identidade operária enraizada e da reconstrução do Partido Trabalhista em torno da adesão da juventude. A entrevista com Huw Beynon sintetiza os elementos de uma obra que é parte inseparável das transformações no mundo do trabalho nos últimos cinquenta anos, assim como se apresenta como inestimável para sua compreensão sociológica.
Palavras-chave:
Marx; Sociologia Crítica; Sociologia do Trabalho; Trabalhadores; Sindicatos