Resumo
Este artigo busca refletir sobre o lugar do sample enquanto forma de prática contra-hegemônica, situando-o como uma forma de prática, tanto de caráter intelectual, quanto em termos estético-artísticos. Entende-se que, no esteio de outras concepções em torno das possibilidades de resistência apresentadas pela música, voltar o olhar especificamente a essa técnica pode sustentar possibilidades de enfrentamento da linguagem, da cultura e do imaginário conforme estão estabelecidos e conquistar espaços para expressões culturais historicamente marginalizadas. Assim, o percurso de ideias também contempla um esforço de enfrentar uma concepção fechada, limitada e eurocêntrica de produção teórica, fortemente arraigada na Sociologia, mas que, ao longo das duas a três décadas mais recentes, vem recebendo críticas diversas e cada vez mais consistentes.
Palavras-chave:
Teoria crítica; Sample; Hip hop; Marginalização; Práticas intelectuais contra-hegemônicas