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JUVENTUDES E A NOVA CULTURA DO TRABALHO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DO TRABALHO DIGITAL

Resumo

O artigo discute de que maneira a "nova cultura do trabalho", caracterizada pelo discurso empresarial do trabalho flexível e pelas exigências de um trabalhador móvel, adaptável, criativo, inovador, autônomo e empreendedor de si, entre outros atributos subjetivos, tem no "jovem" seu tipo ideal. Assim, a "geração Y", tal como apresentada pela mídia e literatura empresarial, materializaria todas as "qualidades" desejáveis pelas empresas em relação a um trabalhador levado aos limites da flexibilidade. A partir de pesquisa realizada com profissionais da tecnologia da informação (TI) no estado de São Paulo, buscamos demonstrar que a construção de um ideal positivado de juventude criativa e inovadora obscurece o caráter intenso do trabalho com essas tecnologias, marcado pela "projetificação" e instabilidade.

Palavras-chave
Cultura do trabalho; juventudes; geração Y; tecnologia da informação; trabalho digital

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