Barroso e Silva (2015BARROSO, K. de A.; SILVA, G. S. O controle social na atenção primária e a atuação dos conselhos municipais. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v. 19, n. 3, p. 213-219, 2015. DOI: 10.25110/arqsaude.v19i3.2015.5551 https://doi.org/10.25110/arqsaude.v19i3....
) |
Datas, Diamantina, Senador Modestino Gonçalves e Presidente Kubitscheck, Vale do Jequitinhonha, MG. Out.-dez./2007. |
Transversal; quantitativo descritivo/Questionário. |
40 conselheiros municipais. |
O perfil de identificação dos conselheiros: gênero feminino (72,5%), com curso superior (52,5%) e com vínculos trabalhistas ligados aos serviços públicos de saúde dos respectivos municípios (35,0%). As proporções dos segmentos da sociedade representados são: trabalhadores da saúde (30,0%), usuários (27,5%), prestadores de serviços de saúde (12,5%), governo (7,5%) e outro tipo de segmento (22,5%). A principal forma de eleição foi via indicação pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMS) (37,5%), seguida pela indicação por alguma associação/entidade da qual participa (37,5%). Sobre a atuação dos conselheiros, a maioria se considera bem participativo no desempenho da atividade de conselheiro (87,5%). Quanto à relação dos conselheiros municipais de saúde e à APS, relatam conhecer os serviços e seus problemas, porém, há baixa participação em reuniões nas UBS, onde são usuários. Conclui-se em uma fragilidade do exercício do controle social na APS e na necessidade de maior aproximação dos conselheiros com esses serviços. |
B4 |
Bispo Júnior e Martins (2012BISPO JÚNIOR, J. P.; MARTINS, P. C. Envolvimento comunitário na Estratégia de Saúde da Família: dilemas entre institucionalização e efetiva participação. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 4, p. 1313-1332, 2012. DOI: 10.1590/S0103-73312012000400004 https://doi.org/10.1590/S0103-7331201200...
) |
Vitória da Conquista, BA. Mar.-jun./2009. |
Transversal; quantitativo descritivo e qualitativo; estudo de casos múltiplos/Análise documental (período entre mar./2007-fev./2009, exceto meses de janeiro) e entrevistas. |
36 conselheiros locais. |
Sobre a frequência das reuniões do CLS, a maioria realizou aquelas que foram previstas (53,6%); sobre os temas pactuados, referem-se à mobilização social e participação comunitária (37,7%), organização interna do CLS (20,8%), dificuldade de atendimento no Programa de Saúde da Família (PSF) e de encaminhamentos especializados (20,4%), baixa participação da comunidade e questões relativas à organização do próprio CLS (18%). Sobre o desempenho dos CLS, embora exista consenso sobre sua importância para a melhoria das condições de vida da comunidade, é percebido pelos entrevistados como ainda incipiente devido às questões de representatividade e fragilidade das organizações comunitárias. Destacam que a participação de alguns usuários é motivada por interesses individuais relativos a facilitar o acesso aos serviços de saúde, demonstrando incompreensões sobre as finalidades do CLS e debilidades do SUS e do PSF em garantir uma assistência digna à população. |
B1 |
Busana, Heidemann e Wendhausen (2015BUSANA, J. de A.; HEIDEMANN, I. T. S. B.; WENDHAUSEN, A. L. P. Participação popular em um conselho local de saúde: limites e potencialidades. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 442-449, 2015. DOI: 10.1590/0104-07072015000702014 https://doi.org/10.1590/0104-07072015000...
) |
Município de SC. Jun.-set./2013. |
Transversal; qualitativo/Questionário estruturado; diário de campo; grupo focal (5 círculos de cultura). |
11 conselheiros de um CLS (nove usuários e dois profissionais). |
A caracterização dos participantes foi: idade entre 37 e 64 anos, sendo sete homens e quatro mulheres; maioria com ensino superior ou ensino fundamental completo; autônomos ou aposentados. A pesquisa contou com cinco círculos de cultura, abordando as potencialidades e limites da participação no CLS. Após os encontros, surgiram 39 temas geradores, que foram codificados e descodificados. Em relação às suas potencialidades, verificou-se a possibilidade de exercício da cidadania, de constituição de um espaço educativo e de intenção em tomar decisões que representem a coletividade. Já em relação às limitações, desconhecimento acerca das responsabilidades do conselho, exiguidade de participação da comunidade e descrédito. |
B1 |
Domitrovic, Araújo e Quintanilha (2013DOMITROVIC, N.; ARAÚJO, M. D.; QUINTANILHA, B. C. O papel do mediador no incentivo à participação das comunidades nas ações de promoção da saúde. Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 81-91, 2013.) |
Vitória, ES. Sem período da coleta. |
Transversal; qualitativo/diário de campo e entrevistas. |
Oito conselheiros locais (quatro de cada CLS) e dois psicólogos (um de cada UBS). |
CLS com reuniões mensais, entre nove e 10 participantes, com predominância do sexo feminino. Eixos temáticos: informes de instituições e instâncias parceiras (Cras, Cajun e o Colegiado Gestor - instância interna da UBS, reuniões entre profissionais e durante o horário de trabalho); campanhas e programas em exercício na UBS (conselheiros representantes dos trabalhadores apontaram a baixa adesão às ações por pouca divulgação, e solicitavam aos representantes dos usuários repassar informações à comunidade); problemas estruturais nos bairros atendidos pela UBS (alagamento de uma praça, acúmulo de lixo em um terreno baldio, fiações defeituosas, bueiros entupidos e falta de espaços de recreação para crianças - noção ampliada de saúde -; alguns entrevistados mostraram desconhecimento da função do CLS com questões de interesse pessoal); problemas internos da UBS (condições físicas, mais profissionais, reclamações pontuais do funcionamento da UBS, esvaziamento dos CLS, participação restrita à atuação de poucos representantes). As expressões “nós” e “eles” aparecem com frequência nas falas. |
B4 |
Franchi et al. (2012FRANCHI, E. P. L. P. et al. Participação social nos conselhos de unidades de saúde. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 17, n. 4, 2012. DOI: 10.5380/ce.v17i4.30373 https://doi.org/10.5380/ce.v17i4.30373...
) |
Botucatu, SP. Set.-out./2008. |
Transversal; qualitativo/Entrevistas. |
Nove conselheiros usuários de quatro Conselhos de Unidade de Saúde (CONUS); sendo três ESF e um Centro de Saúde - UNESP. |
Resulta em três categorias: a primeira, “Conhecendo o usuário/conselheiro”, traz o perfil dos conselheiros - três mulheres (33,3%) e seis homens (66,7%) -; faixa etária de 35 a 70 anos, sendo sete (77,7%) deles com mais de 56 anos; a maioria (77,7%) aposentados ou do lar; todos frequentam agremiações externas ao Conselho, igrejas e pastorais seguidas por grupos da terceira idade, associações de bairro e conselho do idoso; e a maioria já teve mais de um mandato. Na segunda categoria, “O Conselho de Unidades de Saúde”, a maioria dos participantes souberam do Conselho pelos funcionários da UBS e membros do CONUS, e, embora tenham considerado a primeira reunião pouco participativa, avaliaram positivamente a influência do Conselho em suas vidas - destaque para as relações interpessoais e para a capacidade crítica. Por fim, na terceira categoria, “A participação no Conselho”, a maioria considera o CONUS atuante, cooperativo e sem conflitos; acreditam na participação social, mas um diz que não funciona na prática, que há pouco interesse da comunidade; porém, é unanime a percepção de uma melhora na assistência à saúde após a ação do CONUS e que há influência do Conselho frente à gestão e aos representantes políticos. |
B4 |
Jerome (2018JEROME, J. S. Governança participativa no contexto de conselhos locais de saúde: entrevistas com seis presidentes de conselhos locais de saúde no Nordeste do Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 740-753, 2018. DOI 10.1590/S0104-12902018180226 https://doi.org/10.1590/S0104-1290201818...
) |
Fortaleza, CE. 2015-2017 (segundo semestre de cada ano). |
Transversal; qualitativo/observação participante e entrevistas. |
Sete UBS; seis presidentes de CLS. |
Todas as sete UBS tinham ao menos um dentista e uma farmácia no local, seis delas sendo CLS. Reuniões com 12 ou menos participantes (metade com menos de cinco), variação de idades, número par de homens e mulheres e escolaridade ensino médio. Os seis presidentes dos CLS residiam e cresceram nos bairros, cinco eram membros de organizações comunitárias anteriores e/ou atuais, com participação ativa na luta histórica da comunidade. Principais temas apresentados: medicamentos ausentes e problemas com o pessoal; infraestrutura deficiente para a realização dos trabalhos do CLS (pediam espaço e recursos materiais adequados para reuniões, como sala própria, ar condicionado, canetas e papéis); e falta de representação adequada nas reuniões. Dificuldades apontadas: a presença de coordenadores da UBS nas reuniões inibe a comunidade de deunciar problemas (podem precisar de “favores”); diferença socioeconomica e educacional da administração frente aos outros membros do CLS. Benfeitorias realizadas: advogar pelos moradores; cuidar da estrutura física; contratação de um segurança na UBS; construção de um perímetro de concreto mais amplo ao redor da escola; e criação de um programa para coleta de receita em terminais de ônibus (ideias locais que tiveram impacto nas iniciativas de saúde em toda a cidade). |
B1 |
Junglos et al. (2019JUNGLOS, C. et al. Motivações, importância, desafios e perspectivas do controle social em saúde. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 24, e66874 2019. DOI: 10.5380/ce.v24i0.66874 https://doi.org/10.5380/ce.v24i0.66874...
) |
Uma capital da região sul. Jan.-mar./2017. |
Transversal; qualitativa/Entrevistas. |
15 conselheiros locais. |
Sobre o perfil dos conselheiros: maioria tem mais de 50 anos (93%), sexo masculino (60%), são aposentados (80%) e participaram do curso de formação de conselheiros (66%). Sobre tempo de atuação, a maioria atua há menos de dois anos (40%). Emergiram quatro categorias: Motivações para atuação no CLS (melhorar a comunidade; ter histórico de participação social; indignação pessoal; direito/dever de participar; poder ajudar por ter uma rede de relações favoráveis); Importância e atuação do CLS para o SUS (informações da situação de saúde da comunidade; espaço propositivo e fiscalizador dos serviços de saúde); Desafios da participação no CLS (ampliar a participação, o individualismo, influência da política partidária, falta de conhecimento da população); Perspectivas para atuação e fortalecimento do CLS (mais vontade de ajudar a comunidade, mais pessoas participando e gestão eficiente no SUS). |
B4 |
Lisboa et al. (2016LISBOA, E. A. et al. Conselhos locais de saúde: caminhos e (des)caminhos da participação social. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 679-698, 2016. DOI: 10.1590/1981-7746-sol00013 https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol000...
) |
Anchieta, ES. Jun.-set./2013. |
Transversal; qualitativo/ Entrevistas. |
13 conselheiros locais. |
Do processo de implantação dos CLS emergiram categorias: ser ou não ser conselheiro de saúde? Eis a questão! (oportunidade de vocalizar os interesses da comunidade, mas ainda o despreparo para exercerem a função); o não pertencimento e a não participação (descrença da população em relação à política local, comunidade pouco conhece os CLS existentes no município, apenas participam das eleições; o não pertencimento pode ser explicado pela rotatividade de moradores pela instalação de multinacionais no território); e CLS: elos, meios e mediações (falta de apoio e sensação de abandono por parte da gestão como fatores de desânimo ante o desenvolvimento dos CLS, além de desapontamentos com o Conselho Municipal de Saúde - CMS). |
B1 |
Lopes e Almeida (2001LOPES, M. L. da S.; ALMEIDA, M. J. de. Conselhos Locais de Saúde em Londrina (PR): realidade e desafios. Saúde em Debate , Rio de Janeiro, v. 25, n. 59, p. 16-28, 2001.) |
Londrina, PR. Sem período da coleta. |
Quantitativo descritivo e qualitativo/Entrevistas. |
183 conselheiros locais (que tenham participado de pelo menos uma reunião no primeiro semestre de 1999). |
Distribuição dos 38 CLS da zona urbana, segundo as regiões: oito se encontram na zona leste, oito na zona Norte, sete na zona Oeste, nove na zona sul e seis no Centro. Segundo a classificação: 25 (65,8%) eram atuantes, cinco (13,2%) estavam em fase de formação, quatro (10, 5%) eram inexistentes, três (7,9%) não eram atuantes e um (2,6%) estava em fase de reativação. Quanto ao perfil dos Conselheiros: 56,3% eram mulheres, embora os cargos de presidentes fossem ocupados na maioria por homens (proporção 15 para 10); 38,2% estavam empregados, 30,6% desempregados e 31,2% autônomos; 47% possuíam renda superior à seis salários mínimos; 49,8% nunca haviam participado de cursos de formação/capacitação de Conselheiros. Análise qualitativa em relação a função do CLS: trabalho em conjunto, necessidade de organização da população, papel fiscalizatório, espaço para reclamação, participação do planejamento e mudança do modelo assistencial. Apesar da variedade, os discursos restringiram-se, na sua maioria, a cobrar, pedir coisas ou reivindicar direitos. Em relação ao conceito saúde: a maioria foi o conceito estabelecido pela Lei nº 8.080/1990 (53,5%), seguindo do conceito simples de ausência de doença física (25%). Quanto as ações realizadas pelos Conselhos: a maioria trouxe resolução de problemas nas UBS (mais médicos, remédios e serviços), mas também houve ações no meio ambiente e em prol da comunidade. Sobre as dificuldades internas: falta de estrutura física, financeira, de organização, não cumprimento e datas e horários das reuniões, falta de pautas prévias e registros das reuniões. Já as dificuldades externas: falta de participação da população nas reuniões e nas atividades desenvolvidas. Sobre as relações entre CLS, CMS, CRS e Instituições de Ensino Superior (IES): revelam que o CRS contribui com o CLS, mas poderiam ser mais participativos; o CMS deveria ser mais participativo e resolutivo; o IES ajuda na melhoria e elogia estagiários, porém, critica a falta de retorno dos resultados das pesquisas e a descontinuidade dos serviços despois da pesquisa. |
B2 |
Martins e Santos (2012MARTINS, A. de L. X.; SANTOS, S. M. dos R. O exercício do controle social no Sistema Único de Saúde: a ótica do enfermeiro como membro do Conselho Local de Saúde. Saúde e Sociedade , São Paulo, v. 21, supl. 1, p. 199-209, 2012. DOI: 10.1590/S0104-12902012000500017 https://doi.org/10.1590/S0104-1290201200...
) |
Juiz de Fora, MG. Sem período da coleta. |
Transversal; qualitativo/Entrevistas. |
15 enfermeiros atuantes no CLS (sete conselheiros, sete representantes da gerência da UBS e um ouvinte.) |
Perfil: maioria se formou há mais de 10 anos (73%), têm formação em pós-graduação (87%), sendo a maioria na área de SC em PSF (47%), trabalham em UBS em média há sete anos, atuam nos CLS há quatro. Primeira categoria: Atuação dos enfermeiros nos CLS (acreditam contribuir na melhoria das condições de saúde e dos serviços prestados pela UBS, para alguns é apenas o papel de divulgar, informar, orientar e conscientizar a comunidade dos serviços prestado pela UBS). Segunda categoria: participação da comunidade e do enfermeiro no CLS (controle social pode ser ampliado pela interação com a comunidade, recursos financeiros, controle social e o modelo assistencialista para o modelo democrático e sanitarista, conselheiro como parceiro da UBS, despreparo dos conselheiros para atuarem nos CLS, atitudes clientelistas ou interesses partidários). Terceira categoria: comunidade, enfermeiro e o CLS frente às políticas definidas pelo SUS e às ações de saúde realizadas pela UBS (atuação do CLS é boa, mas somente se apoia propostas promovidas pela UBS). |
B1 |
Mittelbach e Perna (2014MITTELBACH, J. C. da S.; PERNA, P. de O. A percepção dos enfermeiros sobre o seu papel nos conselhos de saúde enquanto segmento dos trabalhadores de saúde. Cogitare Enfermagem , Curitiba, v. 19, n. 2, p. 284-291, 2014. DOI: 10.5380/ce.v19i2.31547 https://doi.org/10.5380/ce.v19i2.31547...
) |
Curitiba, PR. Jan.-jul./2012. |
Transversal; quantitativo e qualitativo/Entrevistas. |
18 enfermeiros das UBS. |
Conceito dos enfermeiros sobre o que é Controle Social: espaço de acordo entre gestor e usuários (50%), seguida de forma de participação da sociedade na melhoria do SUS (20%). Atuação dos enfermeiros no CS: orientar os usuários sobre como devem participar nas reuniões do CS, explicando a importância e funcionamento desse espaço (83%). Limites para a participação dos enfermeiros no CS: falta de interesse pela ação política (23%), falta de pessoal em UBS distantes ou de pequeno porte (20%), horário (noturno) das reuniões (18%), dupla jornada de trabalho (18%), perda do interesse por ser um espaço utilizado pelos usuários para obter facilidades ou prestígio pessoal (12%), comodismo dos profissionais (9%). Avanços na participação dos enfermeiros no CS: maior número de profissionais enfermeiros na rede (52%), maior politização dos enfermeiros (26%), na UBS em que os profissionais trabalham não há restrição para a participação nos CLS (22%). Influência dos enfermeiros nos CLS sobre o trabalho da Enfermagem: solicitação de pessoal para segurança (Guarda Municipal) (50%), reformas físicas na UBS (27%), mais profissionais de enfermagem para a UBS (11%), definição de pontos para vacinação externa à UBS em períodos de campanha (6%), e construção de rampa de acesso a portadores de necessidades especiais na UBS (6%). |
B4 |
Miwa, Serapioni e Ventura (2017MIWA, M. J.; SERAPIONI, M.; VENTURA, C. A. A. A presença invisível dos conselhos locais de saúde. Saúde e Sociedade , São Paulo, v. 26, n. 2, p. 411-423, 2017. DOI: 10.1590/S0104-12902017170049 https://doi.org/10.1590/S0104-1290201717...
) |
Ribeirão Preto, SP. Out./2015-jul./2016. |
Transversal; qualitativo; estudo de caso/Entrevistas; observação direta; análise de atas (2015-2016). |
22 pessoas (16 usuários e seis conselheiros locais). |
Perfil dos entrevistados: maioria mulheres, idosas, aposentadas, com ensino médio incompleto, e que geralmente frequentavam grupos de promoção à saúde organizados nas UBS. Emergiram as categorias: Invisibilidade dos CLS (maioria desconhece os CLS, escassez de informações, nos grupos de promoção não é feita a divulgação das atividades dos CLS, quase não há novos participantes, representante dos usuários possui um histórico de participação em conferências e movimentos sociais permitindo ampliar as pautas da reunião); Desconhecimento, descrença e dependência nos órgãos competentes (usuários desconhecem representantes, demora na resolução das demandas, postura passiva e de dependência da instituição); Alternativas para sair do anonimato (Agente Comunitário em Saúde - ACS e seu papel mediador, ampliação da divulgação das atividades do CLS e identificação dos representantes dos usuários, difusão do conceito ampliado de saúde, fortalecimento dos grupos de promoção de saúde, capacitação dos conselheiros e maior interação entre CLS e CMS). |
B1 |
Oliveira e Dallari (2015OLIVEIRA, A. M. C.; DALLARI, S. G. Participação social no contexto da Atenção Primária em Saúde: um estudo de caso das Comissões Locais de Saúde do SUS de Belo Horizonte. Physis: Revista de Saúde Coletiva , Rio de Janeiro, v. 25, n. 4, p. 1059-1078, 2015. DOI: 10.1590/S0103-73312015000400002 https://doi.org/10.1590/S0103-7331201500...
) |
Belo Horizonte, MG. Out./2013-jun./2014. |
Transversal; qualitativo; estudo de caso único/Análise documental e observação participante (diário de campo). |
Três Comissões Locais de Saúde com Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) opostos. |
Sobre as dinâmicas de participação e deliberação, dois CLS possuem organização e norma de funcionamento estabelecidas em estatuto e sendo competência deliberar sobre os problemas (também o regimento interno prevê poder decisório na área de abrangência da UBS). Os temas das pautas são propostos na última reunião anual e são provocados pelos gerentes das UBS por brainstorming. Temas das reuniões: questão do lixo, violência, eleições e rede de conexões. Ao analisar as redes locais e suas conexões, através da APS, destacou-se o fluxo de informações horizontal advindos das discussões que permitiram acompanhar e fiscalizar as políticas públicas. |
B1 |
Pestana, Vargas e Cunha (2007PESTANA, C. L. da S.; VARGAS, L. A.; CUNHA, F. T. S. Contradições surgidas no Conselho Gestor da Unidade Básica de Saúde da Família de Vargem Grande, município de Teresópolis-RJ. Physis: Revista de Saúde Coletiva , Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 485-499, 2007. DOI: 10.1590/S0103-73312007000300005 https://doi.org/10.1590/S0103-7331200700...
) |
Teresópolis, RJ. Sem período da coleta. |
Transversal; qualitativo; estudo de caso/Análise de atas; entrevistas. |
Conselheiros do Conselho Gestor (CG) da USF - não traz o “n”. |
Das contradições do CG: dissociação entre a necessidade da população e proposta das UBS, baseada nos programas de saúde do governo; apropriação do discurso dos gestores e dos profissionais de saúde pelas lideranças populares (dominação ideológica); usuários querem ser atendidos pelo médico da UBS (lógica do modelo médico-assistencial); receio dos conselheiros representantes dos usuários de confrontarem-se com profissionais de saúde e, no futuro, virem a precisar de atendimento; conselheiros representantes dos usuários e dos profissionais de saúde cultivam uma dependência em relação aos conselheiros representantes do gestor (a reunião é suspensa quando os representantes dos gestores não comparecem); conselheiros exercem atribuições que estão desprovidas de sentido político (CG não conseguiu interferir na política de saúde e na destinação da verba pública); membros da Secretaria de Saúde responsáveis por convocar as reuniões (profissionais de saúde e usuários representam 75% dos membros do CG, revelando quorum suficiente para reunir e deliberar); CG não apresenta poder de decisão na resolução das demandas da comunidade. |
B1 |
Ponte et al. (2019PONTE, H. M. S. da et al. Ser enfermeiro, ser conselheiro: despertando para o controle social e saúde pública. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 72, n. 1, p. 142-147, 2019. DOI: 10.1590/0034-7167-2017-0544 https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0...
) |
Sobral, CE. Set.-nov./2016. |
Transversal; qualitativo/Entrevistas; análise de atas. |
Oito Conselheiros enfermeiros (ter sido Conselheiro entre os anos 2008-2016). |
“O despertar para a participação e o controle social” mostra que há poucas relações diretas da inclusão do controle social na formação acadêmica; os enfermeiros-conselheiros participantes do estudo, de forma unanime, falam que tiveram nos movimentos estudantis o espaço de primeiro contato com o controle social, como forma de qualificar os serviços prestados. Posteriormente, o ingresso no universo da APS, no espaço da ESF, veio a fortalecer esse interesse. Já no intitulado “Contribuições da participação como Conselheiro para a atuação profissional” relatam que ser ou ter sido conselheiro no CMS trouxe desenvolvimento profissional e pessoal, estimulando um olhar mais crítico e reflexivo sobre as questões da comunidade, além de humanizar as relações, fortalecer vínculos e a escuta ativa. |
B1 |
Ribeiro e Nascimento (2011RIBEIRO, F. de B.; NASCIMENTO, M. A. A. do. Exercício de cidadania nos Conselhos Locais de Saúde: a (re)significação do “ser sujeito”. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 35, supl. 1, p. 151-166, 2011. DOI: 10.22278/2318-2660.2011.v35.n0.a153 https://doi.org/10.22278/2318-2660.2011....
) |
Feira de Santana, BA. Sem período da coleta. |
Transversal; qualitativo/Entrevistas; observação sistemática e análise de documentos. |
17 sujeitos das USF em processo de implantação dos CLS (informante-chave e membros da comissão de saúde). |
Compreensão do controle social no processo de formação do CLS: a representação do sujeito social (instrumentalização para o exercício do controle social, representação burocrática inexpressiva); educação como fundamental para implementação dos CLS (os representantes dos usuários raramente compareciam às reuniões e, se estavam presentes, pouco se expressavam). O processo de mobilização social para a implantação dos CLS está caminhando lentamente, com poucos sujeitos críticos, participativos e fomentadores do ideal de participação. |
B3 |
Tilio (2014TILIO, R. de. Participação Política? Experiências de um Conselho Local de Saúde no sistema penitenciário. Psicologia Política, São Paulo, v. 14, n. 30, p. 297-311, 2014.) |
Uberaba, MG. Jan./2012-out/2013. |
Transversal; qualitativo/Observação participante e diário de campo. |
Equipe de saúde e educação, direção e pessoas privadas de liberdade (PPL) da Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira (PPAIO). |
Participação das PPL na gestão da saúde no contexto institucional penitenciário se deu a partir de duas ações: (1) capacitação de PPL para serem agentes multiplicadores de saúde, e (2) criação de um CLS (considerando que a PPAIO possuía uma UBS e segue a legislação estruturante do SUS). Dois momentos são destacados: o primeiro, abrange sete reuniões e principais demandas (instauração do conselho, eleição dos membros e da mesa diretora, aprovação do regimento interno, questionamentos sobre o reduzido número de atendimentos médicos, odontológicos e psicológicos, aquisição de medicamentos e de materiais de saúde, principalmente odontológicos, esclarecimentos sobre os serviços de distribuição de medicamentos e de assistência/seguridade social, como benefícios sociais para as PPL e familiares, necessidade de dedetização dos pavilhões, recolha diária e destinação adequada do lixo, e o encaminhamento das demandas para o CMS, a fim de visibilizar as condições sanitárias da penitenciária. Segundo momento abrange seis reuniões: com o acirramento das demandas dos PPL nas reuniões do CLS, a direção da penitenciária respondeu com a desmobilização do CLS. |
B2** |
Vale et al. (2017VALE, P. R. L. F. do et al. Movimento social de bairro: potencialidades e limites da participação em conselhos locais de saúde num município de interior no nordeste brasileiro. Saúde em Redes, Porto Alegre, v. 3, n. 3, p. 230-241, 2017. DOI: 10.18310/2446-4813.2017v3n3p230-241 https://doi.org/10.18310/2446-4813.2017v...
) |
Feira de Santana, BA. Abr.-maio/2013. |
Transversal; qualitativo/Observação sistemática e entrevistas. |
14 conselheiros locais. |
Sobre o perfil dos conselheiros: maioria homens; ocupação ACS seguida de aposentados; faixa etária dos 30 aos 40 anos; raça negra; casados; nível médio completo; católicos e atuantes em ações sociais da igreja, em partidos políticos, em associações comunitárias ou de moradores. Potencialidades dos CLS - categoria “onde há várias cabeças, há vários pensamentos” (autonomia em manifestações sociais, sentimento de representar uma comunidade e liderar manifestação de interesses sociais locais, conhecimento das temáticas do setor da saúde para as práticas de ser conselheiro e poder de argumentação); Limites dos CLS - categoria “autoritarismo, cooptação política e pouco apoio” (pouca participação da comunidade e dos próprios conselheiros, influência partidária, pouco reconhecimento do objetivo do CLS, insatisfações relacionadas à precária estrutura física destinada aos encontros do CLS e caráter autoritário e burocrático da gestão municipal, remuneração para conselheiro, articulação entre CLS e CMS, tomada de decisão da gestão municipal é pouco publicizado e instituídas de modo descendente. |
B4 |
Vale e Lima (2015VALE, P. R. L. F. do; LIMA, M. M. de. Ser conselheiro local de saúde em Feira de Santana, Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública , Salvador, v. 39, n. 4, p. 723-739, 2015. DOI: 10.22278/2318-2660.2015.v39.n4.a1825 https://doi.org/10.22278/2318-2660.2015....
) |
Feira de Santana, BA. Sem período da coleta. |
Transversal; qualitativo/Entrevistas; observação sistemática e análise de documentos. |
16 conselheiros locais (dois de cada CLS, um representando usuários e um, trabalhadores da saúde). |
As principais discussões dos CLS abordavam a APS, transporte e segurança pública (mostrando noção ampliada de saúde), sobre o funcionamento aconteciam em espaço amplo pertencente à USF do bairro, cumpriam o regimento interno, reuniões mensais e tempo máximo estipulado, coordenador era mediador, secretário era responsável pela redação da ata das reuniões, não havia verificação do quórum (mesmo assim deliberavam). Sobre a experiência de ser conselheiro: sentimento de realização pessoal, gratificação, doação e de ajuda ao próximo, CLS como órgão potencialmente transformador da realidade ao assegurar a participação da população na gestão municipal, CLS de caráter homologador dos interesses públicos, integração com outros segmentos sociais para ações intersetoriais e capacitação dos conselheiros. |
B3 |
Varela et al. (2020VARELA, L. D. et al. Conselho Local de Saúde: implantação e dificuldades da formação na Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 33, 10908, 2020. DOI: 10.5020/18061230.2020.10908 https://doi.org/10.5020/18061230.2020.10...
) |
Milagres, CE. Fev.-jul./2016. |
Transversal; qualitativo/observação sistemática, levantamento documental. (entre out./2013-jun./2016) entrevista e grupo focal (diário de campo). |
22 conselheiros locais de uma comunidade da zona rural. |
O CLS é representado por usuários (maioria mulheres; idade entre 23 e 65 anos; com ensino médio completo e exercendo atividades do lar) e trabalhadores da equipe da ESF (um cirurgião-dentista e cinco ACS; três homens e três mulheres, com idade entre 32 e 65 anos; tempo de atuação mínimo de seis anos e máximo de 25; dois com curso superior e dois com ensino médio). Emergiram as categorias: Contextualidades na implantação do CLS (conferências municipais de saúde, Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e motivação da equipe da ESF); Formação do CLS frente às situações cotidianas da comunidade: necessidades de saúde, participação e renovação (organização do CLS pela mobilização dos usuários e trabalhadores de saúde, destacando-se a importância dos ACS); Dificuldades enfrentadas na organização do CLS (o início foi de baixa adesão da população, mas os conselheiros conseguiram mobilizar a comunidade, causando o amadurecimento do grupo e a construção identitária do CLS). |
B3 |