EDITORIAL
A Saúde Pública, através dos conteúdos dos discursos que a atualizam, revela-se sempre e cada vez mais multivariada, multifacética e muldisciplinar.
Assim, temos neste novo número de Saúde e Sociedade:
O artigo de Yara Nogueira Monteiro sobre o regulamento que, tomando como referência o discurso psicanalítico, aponta para o deslocamento de estigma do leproso/ hanseniano para sua cria.
Segue-se o texto de Katia Souza e Magali Boemer que explora, a partir dos depoimentos dos trabalhadores de funerária e à luz da metodologia fenomenológica, o sentido deste trabalho peculiar e o necessário constrangimento nele presente.
Temos ainda Fumika Peres e Cornélio Rosenburg analisando o discurso da Saúde Pública sobre a concepção da adolescência/adolescente. Poderíamos neste caso perguntar: estariam os autores querendo dizer que, para a Saúde Pública, a concepção da adolescência estaria, ainda, na adolescência?
Temos, finalmente, o trabalho de Augusta T. de Alvarenga e Néia Schor sobre o discurso da mídia a respeito do Estado como portador de uma Política Pública sobre a contracepção feminina.
Diversidade, portanto, e não apenas no conteúdo mas também na metodologia já que, por exemplo, temos a presença explícita da fenomenologia informando um dos artigos.
Revela-se, com isso, a riqueza da Saúde Pública mesmo quando sua missão implica no resgate do sofrimento humano, da dor, da doença, da morte.
Comissão Editorial
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
05 Jun 2008 -
Data do Fascículo
Jul 1998