Este artigo analisa, a partir da programação das rádios comunitárias "8 de Dezembro", situada na cidade de Vargem Grande Paulista, e "Cantareira", na Vila Brasilândia, município de São Paulo, e dos discursos de seus ouvintes, como ocorre a comunicação de riscos sanitários inerentes ao campo da vigilância sanitária e qual é a influência sobre seus ouvintes. Foram analisados documentos produzidos pela rádio sobre saúde e vigilância sanitária e realizadas entrevistas qualiquantitativas com 106 ouvintes. Utilizou-se a metodologia do discurso do sujeito coletivo (DSC), que une o aspecto qualitativo ao quantitativo da pesquisa. Posteriormente os dados foram tabulados com a ajuda do software Qualiquantsoft. Concluiu-se que as rádios comunitárias podem ser um espaço de comunicação em saúde pública, por meio de processos educomunicativos, ou seja, podem ter um papel educativo sobre a população, estimulando a comunicação de riscos sanitários de forma mais eficiente e democrática. Na educomunicação, a recepção é crítica e interage com a emissão, ressignificando a mensagem a partir das experiências de vida local, social, cultural, educacional, religiosa etc.
Riscos sanitários; Saúde; Educação; Comunicação; Comunicação em saúde; Educomunicação