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Violência estrutural e adoecer no Haiti: reflexões sobre uma experiência1 1 Agradecemos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao ao Instituto Brasil Plural (IBP) pelo financiamento do artigo.

Structural violence and illness in Haiti: reflections on an experience

Resumo

Falar sobre saúde e principalmente da busca pela cura das doenças em sociedades globais empobrecidas e desassistidas traz à tona amplas e conflitivas reflexões. O Haiti é o país mais pobre das Américas e um dos mais pobres do mundo. A extrema vulnerabilidade a que a população está exposta é facilmente percebida por meio da análise do processo saúde/enfermidade/atenção, uma vez que esse é um dos domínios em que se acentuam as vivências de sofrimento, a percepção da inequidade e as intervenções ineficazes, que se pode observar em cada relato de experiência a violência estrutural como um legado histórico. Perpetuada ainda hoje por forças sociais e políticas globais, a violência estrutural pode ser pensada como fator associado ao risco de adoecer e a viabilidade (ou não) da cura ou do controle das doenças. A partir de um relato particular, discute-se com base nessa teoria o processo de adoecimento e o percurso feito até a resolução do padecimento, considerando a realidade da saúde pública do país.

Palavras-chave:
Haiti; Processo Saúde/Doença; Violência Estrutural

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