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Pais de primeira viagem: demanda por apoio e visibilidade1 1 Estudo com financiamento do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Resumo

A inserção do homem nos serviços de saúde vem, timidamente, ocupando espaço nos estudos voltados a paternidade e gênero. Investigou-se o posicionamento de pais de “primeira viagem” sobre a possibilidade de assistência advinda de profissionais da saúde e de suas redes de apoio para exercer a paternidade. Foram entrevistados individualmente 20 homens que acompanhavam a gestação de seus primeiros filhos. Os participantes relataram necessidade de apoio durante a gravidez, principalmente da família e dos amigos e reconhecimento de que a mulher-gestante merece e precisa de mais atenção. Ainda, consideraram o profissional de saúde como fonte possível de orientações sobre o processo gestacional e o cuidado com recém-nascidos. Os resultados indicaram que elementos tradicionais de representações sociais sobre homem e pai interferem na proximidade dos participantes com a gestação e no reconhecimento de suas necessidades por apoio durante esse período. Evidenciou-se também o distanciamento do homem do atendimento por profissionais de saúde e a necessidade de cumprimento de políticas públicas na saúde e inserção da perspectiva de gênero nas políticas e práticas de saúde e educação, visando a formação de profissionais sensíveis para atuar com os homens, contribuindo para a promoção de modos de vida mais igualitários e benéficos para o homem-pai.

Palavras-chave:
Paternidade; Apoio Social; Política de Saúde

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