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Tamanho da rede |
Número de indivíduos na população de estudo. |
Este indicador permite medir o crescimento do grupo de indivíduos envolvidos no processo participativo de colaboração. |
2 |
Diversidade de grupos de atores |
Número de grupos de indivíduos. Os grupos são definidos de acordo com atributos compartilhados entre os seus membros. Os atributos usados para determinar os grupos precisam ser definidos de acordo com o referencial teórico pertinente e os objetivos específicos do estudo. Por exemplo, se o foco do estudo for a colaboração transdisciplinar, os grupos de atores serão definidos de acordo com suas disciplinas acadêmicas e com as outras formas de saber mobilizados na geração de conhecimentos. |
A diversidade de grupos de atores é associada positivamente com a participação e a transdisciplinaridade. Quanto maior a diversidade de grupos de atores envolvidos na rede de colaboração, maior a representatividade dos diversos interesses e prioridades no processo participativo; e as disciplinas e os saberes envolvidos no processo transdisciplinar. |
3 |
Número médio de relações por indivíduo |
Número total de relações na rede, dividido pelo número total de indivíduos. |
Um número médio de relações por indivíduo alto indica um processo colaborativo mais intenso. É um indicador do fortalecimento do processo colaborativo. |
4 |
Número de componentes e de isolados |
Número de componentes, ou seja, de grupos de indivíduos conectados direta ou indiretamente por meio de outros indivíduos. Se a rede possui diversos componentes, é considerada fragmentada. O componente tem um tamanho mínimo de dois indivíduos. Indivíduos isolados são aqueles que não possuem nenhuma relação. |
Associada negativamente com a participação colaborativa e a transdisciplinaridade. Para terem condições de participar no processo colaborativo coletivo, os diversos grupos de atores devem estar conectados. Uma rede fragmentada e/ou com muito indivíduos isolados representa uma colaboração fragilizada. |
5 |
Tamanho relativo dos grupos de atores |
Número de indivíduos em diferentes grupos (definidos de acordo com determinados atributos), dividido pelo número total de indivíduos na rede. |
Uma distribuição homogênea dos tamanhos dos grupos indica equidade de participação no processo colaborativo. Uma distribuição heterogênea indica que um ou alguns poucos grupos podem estar controlando o processo de colaboração. Por exemplo, espera-se que um equilíbrio entre os tamanhos dos grupos de atores de diversas disciplinas e formas de saber seja favorável para o processo colaborativo transdisciplinar. |
6 |
A distribuição do número de relações dos indivíduos |
A distribuição do número de relações é definida como a frequência relativa de indivíduos com um número de relações igual a 0, 1, 2, 3 etc., ou seja, o número de indivíduos com essa contagem de relações dividido pelo número total de indivíduos na rede. |
Uma distribuição homogênea do número de relações, em que a maioria dos indivíduos tem um número similar de relações de colaboração, é indicador de um processo colaborativo horizontal, em que os diversos atores têm potencial de contribuir para a geração de conhecimento. Uma distribuição heterogênea do número de relações, em que a grande maioria dos indivíduos possuem poucas relações, enquanto um número muito pequeno de indivíduos possuem um número de relações muito alto, é indicador de um processo colaborativo hierarquizado e centralizado, em que alguns atores podem controlar e direcionar a geração dos conhecimentos. |
7 |
Número médio de relações de ligação por indivíduo (Bonding ties) |
As relações de ligação são os elos entre os indivíduos do mesmo grupo (definido de acordo com determinados atributos). Essas relações são geralmente associadas à confiança e reciprocidade, favoreceriam o estabelecimento de normas compartilhadas e aumentariam a capacidade de construir consenso e de gerir conflitos. O número médio de relações de ligação é calculado entre os indivíduos pertencendo a cada grupo. |
Em pesquisas transdisciplinares, as relações de ligação correspondem a colaboração entre acadêmicos da mesma disciplina ou entre atores da mesma categoria, como do setor público ou da sociedade civil. Essas relações são relevantes porque a pesquisa transdisciplinar de qualidade está ancorada nas raízes disciplinares de cada pesquisador envolvido no processo. As relações de ligação permitem a cada grupo desenvolver seus conhecimentos próprios. Porém, uma densidade muito alta de elos pode também contribuir a isolar os grupos, homogeneizar os pontos de vista e a deixá-los presos a posições rígidas. |
8 |
Número médio de relações de conexão por indivíduo (Bridging ties) |
As relações de conexão são elos entre indivíduos de grupos diferentes (definido de acordo com determinados atributos). Essas relações são geralmente associadas às novas oportunidades, facilitariam acesso a ideias inovadoras, favoreceriam o diálogo entre diversas perspectivas e aumentariam a mobilização de recursos que não estão disponíveis no grupo. O número médio de relações de conexão por indivíduo é calculado em relação a cada um dos outros grupos separadamente. |
Indicador associado positivamente com a transdisciplinaridade. Relações de conexão correspondem a relações de colaboração entre pesquisadores de diferentes disciplinas e atores não acadêmicos, como membros da sociedade civil, da comunidade ou do setor público. São relações que favorecem o aprendizado mútuo e a integração dos conhecimentos em torno de problemas multidimensionais. Elas favorecem a geração de resultados de pesquisa relevantes para sociedade e mais facilmente traduzidos em ações concretas. |