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Diagnóstico médico e uso corporativo do território brasileiro: uma análise do circuito espacial produtivo dos reagentes para diagnóstico1 1 O presente artigo é resultado de pesquisa fomentada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, processo 2010/18.750-8.

A formação daquilo que o geógrafo Milton Santos denominou meio técnico-científico-informacional é marcada pela profunda interação entre ciência e técnica, ambas sob a égide do mercado. Nesse meio, vemos surgirem novos objetos técnicos, cujo conteúdo é dado pela ciência. Quando tratamos especificamente da medicina, essa característica é ainda mais marcante, o que fica manifesto, por exemplo, quando analisamos os atuais sistemas técnicos de diagnóstico, que acabam configurando segmentos econômicos especializados com produção de alto valor agregado. Neste artigo, buscou-se tratar da economia da saúde e do complexo industrial que a envolve discutindo como um conjunto significativo de empresas voltadas ao diagnóstico concorre para um novo tipo de urbanização no território brasileiro. Marcada pelo uso corporativo do território, essa urbanização se conforma pelo estabelecimento de circuitos espaciais produtivos, dos quais focaremos aqui os da saúde e seus respectivos círculos de cooperação no espaço. Veremos, então, que entre suas principais características estão a concentração e a centralização do capital.

Circuito Espacial Produtivo; Círculos de Cooperação no Espaço; Uso Corporativo do Território; Geografia Humana; Espaço Geográfico


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