O envelhecimento populacional no Brasil vem acompanhado pelo aumento das doenças crônicas não-transmissíveis, dentre elas as demências, que produzem grande impacto entre os indivíduos acometidos e seus familiares. Este estudo é parte do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento na América Latina e Caribe). A amostra foi composta pelos idosos que obtiveram 12 ou menos pontos no MEEM (Mini Exame do Estado Mental) e 6 ou mais no Questionário de Pfeffer para Atividades Funcionais (QPAF). A combinação desses instrumentos indica maior especificidade para a medida de declínio cognitivo mais grave, sugerindo a presença de demência ou outros transtornos associados. Os objetivos deste estudo são apresentar os resultados do SABE no que se refere ao desempenho de atividades de vida diária e aos arranjos domiciliares dos idosos com declínio cognitivo no Município de São Paulo e verificar de que forma esses arranjos contribuem para suprir as demandas assistenciais desses idosos com dependência. A limitação funcional ocorre principalmente em relação às atividades instrumentais de vida diária (AIVD). A maioria reside em arranjos domiciliares com presença de filhos, mas há uma parcela considerável que mora só. A ajuda oferecida pela maioria dos arranjos domiciliares chega muitas vezes a 100% em AIVD, porém nas atividades básicas de vida diária (ABVD) só entre os casais esse índice é alcançado mostrando que a demanda assistencial tem sido atendida em sua maioria, permitindo a análise de que no idoso com declínio cognitivo, a evidência mais acentuada da limitação apresentada é um fator que desencadeia maior oferta de ajuda.
Envelhecimento populacional; Declínio cognitivo; Arranjos domiciliares; Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD); Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD); Projeto SABE