Este artigo buscou caracterizar a rede de saúde mental do município do Rio de Janeiro e compreender os caminhos, práticas e discursos voltados à atenção prestada às pessoas em situação de violência que chegam a esses serviços. Realizou-se um estudo exploratório de abordagens quantitativa e qualitativa que abordou profissionais e gestores em 22 unidades de saúde mental. Como resultado identificou-se a produção de conhecimentos e estratégias para lidar e intervir nas situações tendo como efeitos a interrupção do ciclo de violência, entretanto estas ações têm pouca visibilidade em toda a rede de saúde e estão pouco integradas às diretrizes da Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (PNRMAV). Conclui-se que a atenção na área da saúde mental às vítimas da violência vem sendo realizada, entretanto, de forma não integrada à PNRMAV o que expõe lacunas importantes.
Violência; Saúde Mental; Atenção à Saúde; Prevenção