RESUMO
O trabalho doméstico não remunerado, historicamente associado ao gênero feminino, continua invisibilizado nas políticas públicas de saúde e segurança no trabalho. Este ensaio, baseado em revisão de literatura, discute a importância de reconhecer esse trabalho como legítimo, considerando suas implicações diretas na jornada de trabalho, saúde e bem-estar das mulheres. Propõe-se a Análise Ergonômica do Trabalho como metodologia eficaz para identificar e diagnosticar as condições do trabalho doméstico, além de defender o reconhecimento técnico e social desse trabalho nas políticas públicas. O texto também sugere que a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora seja um espaço para debater e promover soluções voltadas para a equidade de gênero e a justiça social.
PALAVRAS-CHAVE
Trabalho doméstico; Ergonomia; Gênero e saúde; Mulheres trabalhadoras.