| Descrição e representação gráfica do fluxo dos dados de vacinação do Sistema de Vigilância em Imunizações |
O Sistema de Vigilância em Imunizações no Brasil envolve uma diversidade de tecnologias para o registro de vacinas, incluindo o e-SUS APS (PEC, CDS e e-SUS Vacinação), o Novo SIPNI e sistemas próprios ou terceirizados adotados por municípios5,6. Na APS, o registro das vacinas de rotina é realizado, em geral, por meio das ferramentas do e-SUS5, enquanto em campanhas nacionais, como a da Influenza, é comum a utilização do Novo SIPNI6. Essa falta de padronização pode comprometer a qualidade dos dados e dificultar a adoção das tecnologias1,9,18,26. Outro desafio relevante destacado na literatura refere-se à integração e interoperabilidade entre os sistemas, aspectos fundamentais para garantir a fluidez da informação e a confiabilidade dos dados vacinais1,14,27. |
Complexo |
| Organizações envolvidas na operacionalização e gerenciamento de dados |
No Brasil, as salas de vacinação dos serviços públicos de saúde seguem padrões organizacionais relativamente uniformes, sendo gerenciadas principalmente por equipes de enfermagem, com o enfermeiro como referência técnica. Os técnicos de enfermagem assumem a responsabilidade pelo registro dos dados vacinais nos Sistemas de Informação em Imunização (SII), tornando esse o principal ponto de entrada das informações16. Contudo, há evidências da insuficiência de capacitações para o uso dos SII e ausência de supervisão, comprometendo a operacionalização dos Sistemas8,9. Além disso, o processo não se restringe à esfera local: a complexidade aumenta com a distribuição de responsabilidades entre diferentes níveis de gestão, exigindo ações coordenadas entre as instâncias locais, estaduais e federais8,7,28. |
Complexo |
| Transferência e disseminação dos dados consolidados |
O registro de qualquer vacina, independentemente do SII de origem, é transferido para a RNDS, sendo cada tecnologia com suas particularidades e diferentes requisitos de interoperabilidade5,6. Esse processo envolve múltiplas etapas e a utilização de diferentes tecnologias, cada uma com suas particularidades e requisitos específicos de interoperabilidade. Essa complexidade técnica e operacional pode comprometer a simplicidade do sistema, pois exige integração entre plataformas distintas, o que aumenta o risco de inconsistências e perda de dados durante a transferência. Além disso, quanto maior o número de sistemas envolvidos e etapas intermediárias, maior a chance de se comprometer a completude e a consistência das informações vacinais. |
Complexo |
| Integração com outros sistemas |
Tanto o PEC quanto o Novo SIPNI estão integrados ao CADSUS, o que permite a sincronização dos dados pessoais, essencial para a validação dos registros vacinais. Outros sistemas de informação com capacidade de interoperabilidade enviam diretamente os dados à RNDS5,6. Embora a integração facilite a coleta, validação e produção de relatórios vacinais, a literatura aponta que ainda persistem desafios quanto à padronização, segurança da informação, infraestrutura tecnológica e capacitação profissional, demandando investimentos operacionais e tecnológicos contínuos14,17. |
Complexo |
| Processo de validação dos dados |
O Relatório de Vacinas Registradas no e-SUS APS permite identificar possíveis inconsistências ou discrepâncias nos dados. Registros reprovados, devido a erros de digitação ou falta de informações provenientes do PEC, CDS, e-SUS Vacinação ou sistemas próprios integrados ao Centralizador Nacional do SISAB, podem ser ajustados pelo profissional responsável5,22. A capacidade e facilidade de gerar os relatórios de vacinas registradas no e-SUS APS, bem como a possibilidade de correção dos erros e inconsistências nos dados registrados, torna esse critério simples. |
Simples |
| Capacitações com os usuários |
Embora haja materiais instrutivos e suporte para os profissionais que utilizam os SII5,6, 34,7% dos respondentes deste estudo desconhecem a existência desses materiais para consulta quando necessário. A literatura nacional e internacional aponta que as capacitações para o uso dos SII são frequentemente insuficientes e pouco eficazes, comprometendo a aceitação das tecnologias1,8,9,18,26. Confirmando essas evidências, 8,3% dos participantes relataram ter recebido capacitação, mas ainda não se sentem preparados para usar os SII, enquanto 13,9% não foram capacitados. |
Complexo |