WERB et al. (2010) Canadá, Vancouver |
Quantitativo (quanti), coorte Base comunitária N = 1603 usuários de crack (UC) em situação de rua Ambos os sexos. |
Poliusuário |
População em Situação de Rua (PSR)/ moradia instável Prostituição |
PAQUETTE et al. (2010) Canadá, Montreal |
Quanti, conveniência Base comunitária N = 203 Jovens UC em situação de rua Média de 19 anos Ambos os sexos. |
Poliusuário (cocaína) Idade de início de uso do crack: jovem |
PSR Contexto familiar conturbado (história familiar de uso de SPA) |
FICSHER et al. (2010) Canadá, British Columbia |
Misto: Quanti e Qualitativo (quali) N=148 UC Atendidos em centros comunitários socais e de saúde |
Poliusuário (álcool, maconha e opióides) Compartilhamento de apetrechos Uso em cachimbos |
PSR/moradia instável Baixa renda Práticas ilícitas Comprometimento no estado de saúde |
OLIVEIRA; PONCE; NAPPO (2010) Espanha, Barcelona |
Quali, etnografia, N = 30 UC na maioria homens; Média entre 20 e 40 anos Ambos os sexos |
Poliusuário (álcool, heroína, opióides, metadona e ansiolítico) Baixo custo da droga Uso em cachimbos ou canudos Padrão de uso compulsivo Efeitos da droga: fases prazerosa, desagradável, fissura, depressão e alucinação |
Baixa escolaridade Desemprego |
ROTHERDAM-BORUS et al.(2010)
Estados Unidos, Los Angeles |
Quanti, coorte N= 875 inicial e 425 no final UC em situação de rua inscritos em programas de Redução de Danos (RD) Ambos os sexos |
Compartilhamento de apetrechos Padrão de uso compulsivo |
Comportamento de risco sexual |
RIBEIRO; SANCHEZ; NAPPO (2010) Brasil, São Paulo |
Quali, análise temática N = 28 UC |
Poliusuário (maconha e álcool) Padrão de uso compulsivo Tempo de uso durante a vida > 11 anos Uso coletivo (grupal) como fator protetor e em ambiente mais protegido Efeitos da droga (Fissura, paranoia) Overdose
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Comportamento de risco sexual Desemprego Prostituição Práticas ilícitas |
IVSINS et al. (2011) Canadá, Vitoria |
Quali, entrevista semiestruturada Base comunitária N = 31 UC selecionados a partir de Programa de Distribuição de Kits uso seguro Ambos os sexos |
Poliusuário Compartilhamento de apetrechos |
Relação com a marginalidade; Comprometimento do estado de saúde (descuido no autocuidado) Percepção de insegurança pessoal e comunitária |
MALCHY et al. (2011) Canadá, Vancouver |
Quanti, 2 estudos seccional (antes e após a intervenção) Base comunitária N = 206 UC Ambos os sexos |
Uso e compartilhamento de apetrechos |
Comportamento de risco sexual |
TI et al. (2011) Canadá, Vancouver |
Quanti, coorte N = 503 UC Ambos os sexos |
Uso e compartilhamento de apetrechos Dificuldade de aquisição de apetrechos como cachimbo Efeitos da droga: fissura |
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TOBIN et al. (2011) Estados Unidos da América, Baltimore |
Quanti, estudo seccional multicêntrico Base comunitária N =230 homens afrodescendentes; sendo 84 UC e 146 não UC; Prática homossexual nos últimos 3 meses. Sexo masculino |
Poliusuário (maconha) Padrão de uso compulsivo |
Comprometimento do estado de saúde Comportamento sexual de risco Identidade bissexual associada ao crack Relação com a rede social e sexual; |
DIAS et al. (2011) Brasil, São Paulo |
Quanti, coorte N =131 UC internados em hospital geral sendo N = 107 amostra final Ambos os sexos |
Poliusuário (álcool, cocaína aspirada) Idade de início de uso: media 22 anos Número de pedras consumidas Padrão de uso compulsivo Abstinência após 12 anos de alta Dependência de crack
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Relação com a marginalidade Maior exposição a situações de violência (óbito por homicídio) |
NAPPO; SANCHEZ; OLIVEIRA (2011) Brasil, São Paulo |
Quali N = 75 mulheres UC > 14 anos Adulto jovem (média de 30 anos) Sexo feminino |
Idade de início de uso: media 20 anos Uso e compartilhamento de apetrechos |
Baixa escolaridade Desemprego Prostituição diariamente com 4 a 6 parceiros ao dia Gravidez e aborto Maior exposição a situações de violência Violência física (estupro) Comprometimento do estado de saúde Comportamento de risco sexual |
CHAVES et al. (2011) Brasil, São Paulo |
Quali N = 40 sendo 31 UC N = 9 ex UC > 18 anos atendidos na Rede de Saúde Adultos jovens Ambos os sexos |
Padrão de uso compulsivo Número de pedras consumidas Efeitos da droga: fissura em 100% Uso coletivo (com amigos) |
Baixa renda Baixa escolaridade Desemprego Prostituição Maior exposição a situações de violência |
HORTA et al. (2011) Brasil, Porto Alegre |
Quanti; estudo seccional N = 95 UC atendidos em Caps e Capsad Sexo masculino |
Poliusuário (maconha, álcool e nicotina) Idade de início de uso > 18 anos Padrão de uso compulsivo Número de pedras consumidas |
Desemprego/sem ocupação regular Estigma |
BISCH et al. (2011) Brasil |
Quanti, estudo descritivo retrospectivo N=40 jovens entre 16 e 24 anos, Entrevistas com UC do Vivavoz (serviço de acolhimento telefônico do governo federal) Ambos os sexos |
Poliusuário (maconha, álcool, tabaco e solventes) Padrão de uso compulsivo Consumo diário de crack Tempo de uso durante a vida (mais de 2 anos) Número de pedras consumidas |
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ROY et al. (2012) Canadá, Montreal |
Misto: Quanti e Quali Quanti: N= 387 (M/F), sendo 64 UC em situação de rua (PSR) e 323 usuários de cocaína atendidos em programas de Prevenção de HIV/HCV (serviços). Ambos os sexos |
Preferência do uso do crack em relação à cocaína Efeitos da droga: efeitos mais rápido, menos marcas no corpo Baixo custo de aquisição e maior facilidade na aquisição |
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HANDLOVSKY et al. (2013) Canadá, Vancouver |
Quali N = 27 UC mulheres em um Centro Comunitário de Atenção Social e Direitos Humanos. A idade média foi de 44,9 anos (de 22 a 59,5) Sexo feminino |
Padrão de uso compulsivo ou esporádico Uso e compartilhamento de apetrechos Overdose
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Contexto familiar como fator protetor Comprometimento do estado de saúde (hepatite, tuberculose, HIV) Relação com a rede de apoio social |
TI et al. (2012) Canada, British Columbia |
Quanti, 2 coortes, N = 914 UC; Ambos os sexos |
Compartilhamento de cachimbos, sendo maior dificuldade de acesso ao cachimbo em mulheres |
Prostituição Violência (presença policial dificultou acesso a praticas seguras) Comprometimento do estado de saúde (HIV positivo, lesões bucais, nos dedos e orofaringe) |
ALVES; ARAÚJO (2012) Brasil, Porto Alegre |
Ensaio Clínico quase experimental; N = 30 UC internados naUnidade de Dependência Química de Hospital Psiquiátrico Média de idade: entre 18 e 50 anos de idade Sexo masculino |
Poliusuário (álcool, nicotina, cannabis, cocaína em pó) A idade de início do uso: 14,07 anos Número de pedras de crack consumidas Média de 7 pedras ao dia Efeitos da droga: Fissura e ansiedade |
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PAIM KESSLER et al. (2012) Brasil, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador |
Quanti, estudo seccional multicêntrico. N = 738: sendo 293 UC, 126 cocaína em pó e 319 outras drogas recrutados em 5 Centros de Tratamento de Drogas Ambos os sexos |
Desemprego Contexto familiar conturbado Ilegalidade (atividades ilícitas e problemas judiciais) Maior exposição à situação de violência e agressão física, óbito por homicídio Comprometimento do estado de saúde Comorbidades com transtornos psiquiátricos: > taxa de DPAS em UC. |
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KOPETZ et al. (2014) EUA, Washington |
Quanti, estudo seccional N = 211 UC em comunidade vulnerável e em tratamento residencial; Ambos os sexos |
Baixa renda Comportamento de risco sexual principalmente em mulheres |
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JORGE (2013) Brasil, Fortaleza |
Quali N = 21 UC N = 15 trabalhadores do Capsad. Maioria homens, adultos jovens média 32 anos Ambos os sexos |
Poliusuário Uso precedente de álcool, tabaco, maconha e cocaína em pó Padrão de uso compulsivo Busca incessante de prazer Maconha associado ao crack como redutor da fissura (RD) Compartilhamento de apetrechos Consumo em espaços públicos e privados Baixo custo de aquisição |
Alternativa de consumo para população de baixa renda associado a maiores danos de saúde Relação com a marginalização social Uso em ambientes inóspitos Inibição da fome e prejuízo da alimentação Comprometimento do estado de saúde com lesões bucais Maior suscetibilidade a doenças |
GABATZ et al. (2013) Brasil, Rio Grande do Sul |
Quali N = 8 UC internados em hospital geral; Sexo masculino |
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Contexto familiar como fator protetor ou de risco Práticas ilícitas Maior exposição à situação de violência; Comprometimento do estado de saúde: Apoio social |
a) SANTOS CRUZ et al. (2013a)
b) SANTOS CRUZ et al. (2013b)
Brasil, Rio de Janeiro e Salvador. |
a) Quanti, inquérito, N = 160 UC jovens de 18 a 24 anos base comunitária b) Quali Grupo Focal com 16 jovens UC Base comunitária Ambos os sexos |
Poliusuário |
Relação com a marginalidade social e ilegalidade Práticas ilícitas Comprometimento do estado de saúde Comportamento sexual de risco |
KUO et al. 2014) Canadá, British Columbia |
Quanti, estudo seccional: clientes de 28 sites de RD Ambos os sexos |
50% dos clientes eram UC Poliusuário Maconha associado ao crack como redutor da fissura |
Alta taxas de PSR (desabrigados) Relação com a marginalidade social |
STERK; ELIFSON; DEPADILLA (2014) EUA, Atlanta |
Quanti, seccional N = 461 UC afrodescendentes adultos, Média de idade 46 anos Base comunitária Ambos os sexos |
Espaços de consumo: 55% relataram usar crack somente em casa, ou casa de parentes e amigos íntimos Uso individual (14%) e coletivo Consumo em dias: menor em domicílio do que na rua e sozinho ou com amigos íntimos em relação a conhecidos Maior consumo quando há envolvimento com tráfico |
PSR Moradia estável Prostituição/troca de sexo pela droga Práticas ilícitas (envolvimento com a distribuição da droga/tráfico); Maior exposição a situações de violência (violência comunitária, desordem social percebida pela comunidade) |
URSIN (2014) Brasil, Salvador |
Quali N =11 UC jovens em situação de rua; Base comunitária Sexo masculino |
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PSR Práticas ilícitas |
ZAVASCHI et al. (2014) Brasil, Porto Alegre |
Quanti, N = 145 sendo 56 UC grávidas e 89 mulheres NUC (não usuários de crack) em estado puerperal em uma maternidade (hospital geral). Sexo feminino |
Metade das gravidas UC relataram uso de crack na gestação |
Baixa renda Gravidez (quase metade a gravidez foi planejada) Contexto familiar frágil (baixo suporte marital) Comprometimento do estado de saúde (HIV, hepatite C, sífilis) Comorbidades psiquiátricas com DPAS |
PAULA et al. (2014) Brasil, Fortaleza |
Quali N = 21 UC e familiares e trabalhadores em serviço especializado (Capsad) |
Padrão de uso compulsivo Efeitos da droga: fissura |
Práticas ilícitas Contexto familiar (atuando tanto como fator protetor como de risco) Maior exposição à situação de violência (violência familiar) |
MOURA et al. (2014) Brasil, Porto Alegre, São Paulo e Salvador |
Quanti, estudo seccional, multicêntrico N = 771 usuários de drogas sendo 283 UC atendidos em serviços especializados de saúde Média de idade 31 anos Ambos os sexos |
Poliusuário (maconha) |
Contexto familiar conturbado |
CRUZ et al. (2014) Brasil, Rio de Janeiro |
Quanti, seccional, N = 111 UC jovens sendo 81 PSR (fora de tratamento) e 30 em tratamento com programa de internação |
Fora de tratamento: compartilhamento de apetrechos |
PSR Práticas ilícitas Relação com a marginalidade social Baixa escolaridade Sem ocupação regular (maior mendicância nos UC em situação de rua) Comportamento de risco sexual |
NARVAEZ et al. (2014) Brasil, Pelotas |
Quanti, seccional, base populacional; N = 1560 sendo 2,51% UC alguma vez na vida Base comunitária; Jovens entre 18 e 24 anos Maioria homens Ambos os sexos |
Poliusuário (cocaína em pó) |
Baixa renda Práticas ilícitas (porte de arma, envolvimento com tráfico de drogas) Maior exposição à situação de violência (Agressão; Violência policial, óbitos por homicídios) Mortalidade estimada em 20% Comportamento de risco sexual (uso menor de preservativos) Início da vida sexual aos 14 anos Comorbidades psiquiátricas (DPAS) |
BERTONI et al. (2014) Brasil, Rio de Janeiro e Salvador |
Quanti, seccional, N = 159 UC sendo 124 homens e 35 mulheres Base comunitária Maioria não brancos Ambos os sexos |
Poliusuário (cocaína em pó) Tempo de uso de crack durante a vida: 4 anos para sexo M e 4,9 para sexo F Número de pedras ao dia: 10 pedras para homens e 8 para mulheres. Uso diário de crack: 53% dos homens relataram uso diário em relação a 68% das mulheres |
PSR/Moradia instável Baixa escolaridade Sem ocupação regular/múltiplas fontes de renda (prostituição, trabalho remunerado, mendicância) Prostituição maior em mulheres/troca de sexo por drogas Maior emprego em homens Comprometimento do estado de saúde |
MCNEIL et al. (2015) Canadá, British Columbia |
Quali, N = 23 UC Idade média de 40 anos Base comunitária Ambos os sexos |
Espaços de consumo: na rua, pouco acesso em espaços de uso seguro (Safe Smoke Room) Compartilhamento de apetrechos |
PSR Baixa renda Maior exposição a violência Estigma |
VALDEZ et al. (2015) México |
Quali, N = 156 UC em situação de rua que não estão em tratamento Base comunitária Maiores de 18 anos Maioria homens Ambos os sexos |
Poliusuário Espaços de consumo: ambiente privado e público Padrão de uso compulsivo e uso episódico Identificado 4 tipologias de padrão de consumo: 1. Dabbler: UC amador/recreativo (ocasional, fase inicial, uso em local semiprivado) 2. Stable user: UC estável e esporádico (ambiente privado, frequência uso intermitente, uso controlado com RD) |
PSR Práticas ilícitas Sem ocupação regular, trabalho informal Contexto familiar conturbado ou fortalecido Relação com a rede social 1. Dabbler: rede social de não usuários; tem família inserção social 2. Stable user: trabalho informal, rede social de UC e não usuários 3. Piedroso: rede social predominante de UC e traficantes, uso crônico, envolvimento em atividades ilegais |
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3. Piedroso: Crack Head – UC crônico ou compulsivo (ambiente público e semipúblico, uso de longo tempo, comportamentos focados na aquisição da droga) 4. Old Head: UC de longo tempo (uso frequente ou episódico, ambiente privado ou semipúblico) |
4. Old Head: trabalho estável, envolvimento com atividades ilícitas, rede social de UC, poliusuário e alcoolista, longas histórias de encarceramento, obrigações sociais mínimas |
GONÇALVES et al. (2015) Brasil, São Paulo |
Quali; N =27 sendo 20 UC N = 07 profissionais de saúde Base comunitária Idade entre 19 e 49 anos Ambos os sexos |
Poliusuário (álcool; maconha, êxtase, cocaína em pó; benzodiazepínicos) Padrão de uso compulsivo Efeitos da droga: fissura e paranoia Maconha como RD: fator protetor e redução dos efeitos negativos, redução da quantidade de uso do crack e oferece menor estigmatização |
PSR/moradia instável Baixa renda Desemprego Baixa escolaridade Contexto familiar com perda familiar Práticas ilícitas Maior exposição a situações de violência (ferimentos físicos) Estigmatização (‘craqueiro’) |
VERNAGLIA; VIEIRA; SANTOS CRUZ (2015) Brasil, Rio de Janeiro |
Quali, N = 31 UC em situação de rua Base comunitária (Manguinhos e Jacarezinho) Idade superior a 18 anos Ambos os sexos |
Padrão de uso compulsivo Nas mulheres há cuidado responsável com os filhos enquanto os homens há desresponsabilização |
PSR Baixa escolaridade Desemprego e trabalho informal Maior exposição a situações de violência (violência no cotidiano, agressão entre casais) Prostituição/troca de sexo por droga Gravidez planejada (a droga não seria responsável pela gestação) Sexo seguro com uso de preservativos Presença de uma rede social com compartilhamento de comida e pedra de crack
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