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Comunicação rizomática: reflexões sobre os movimentos de resistência em tempos da Covid-19

RESUMO

Historicamente, o modelo de comunicação de risco e de emergência em saúde pública tem acontecido de forma hierárquica, menos cooperativa e democrática. Entretanto, em se tratando da pandemia da Covid-19, é possível observar que a garantia de uma comunicação universal, equânime e integral, para ampliação da participação cidadã nas políticas de saúde e na orientação do cuidado, não tem sido uma tarefa exclusiva das autoridades de saúde, dos especialistas, divulgadores científicos e de jornalistas, mas tem incorporado a participação de profissionais de saúde e de coletivos em diferentes territórios. O presente ensaio propõe discutir a comunicação rizomática no campo da saúde, destacando alguns movimentos de resistência, protagonistas nos processos comunicacionais, como as ações desenvolvidas pelos moradores do Complexo da Maré (RJ), povos do Xingu e de Rio Negro e comunidades quilombolas. As formas de comunicação rizomática desenvolvidas por esses movimentos, com utilização de podcasts, jornais, rádio, por exemplo, produzem novas formas de vida e novos modos de existência, por não terem um aspecto preestabelecido, no qual diferentes pontos se conectam no fluxo entre diversos atores, situações, elementos-chave, áreas e saberes em um caminho sistemático e criativo de pensar o mundo e suas complexidades, sustentando as diferenças e heterogeneidades dentro do território comunicacional.

PALAVRAS-CHAVE
Covid-19; Pandemias; Comunicação em saúde

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