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Referência |
Raiz Causal (conceitos utilizados) |
Abordagem Teórica |
Fatores de Risco |
Fatores Protetivos |
Resultados/Achados |
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RAMÍREZ, M. et alii. El suicidio de indígenas desde la determinación social en salud. Rev Fac Nac Salud Pública, v. 36, n. 1, p. 55-65, 2018. |
Violência Estrutural: com base nos trabalhos de Galtung, assumem que é intrínseca aos sistemas sociais, políticos e econômicos que governam as sociedades, os Estados e o mundo, impondo condições desiguais e injustas a uns para benefício de outros. |
Parte-se da raça como categoria analítica crítica e identifica-se violência estrutural como causa básica da elevada taxa de mortalidade dos povos indígenas. |
Diretos: violência física e sexual, intra ou extrafamiliar; acesso a armas de fogo, álcool. |
1) Organização de autogovernos, com controle local condizente com o “buen vivir”. |
Em todo o mundo se observa que a taxa de suicídio dos indígenas é maior que a da população não indígena, chegando a ser 40 vezes maior no povo Guarani Kaiowá (Brasil). |
| Colonialismo: processo histórico de dominação. Os autores também fazem uso do conceito de “colonialidade” de acordo com Aníbal Quijano, e o define como processo de relações de poder em que se configura o controle econômico, científico, institucional e cultural sobre o outro assim classificado e anulado socialmente. |
A violência estrutural apresenta-se entrelaçada às perspectivas de gênero e classe social que atuam como elemento de exclusão simbólica e material. |
Indiretos: o colonialismo por ter favorecido a aculturação indígena; e o sistema econômico capitalista, com a imposição do modelo agroindustrial. |
2) fortalecimento comunitário a partir das tradições. |
Segundo os autores, o principal subgrupo de risco, dentro do grupo indígena, são os homens, jovens (menores de 25 anos), com baixo nível socioeconômico, escolaridade incompleta e que tiveram contato estreito com o mundo ocidental. |
| 3) prevenção da integração cultural desvantajosa. |
| Os principais métodos utilizados são o enforcamento e o uso de tóxicos. |
| 2 |
GOSART, U. Structural violence against indigenous peoples: Russian Federation. In: Institute for the Study of Human Rights (Ed.). Indigenous peoples’ rights and unreported struggles: conflict and peace, p. 192-261. New York: Columbia University Press; 2017. |
Violência Estrutural: percebida pelas desigualdades reforçadas por políticas paternalistas e pouco inclusivas. |
Considera a situação de marginalização da população indígena na Rússia como fruto de uma duradoura opressão histórica, mantida pelo ordenamento jurídico e pelas normas sociais, marcada pela violência estrutural que mantém privilégios de uma minoria e aumenta a disparidade de oportunidades políticas e condição social. |
Há políticas para minimizar as diferenças, mas a discriminação introjetada nos agentes públicos acaba afetando a aplicação dessas políticas e reforçando a marginalização. |
A autora sugere a Forma Democrática de Governança, que propicia a participação da comunidade indígena no sistema estatal, incorporando as lutas sociais desses grupos na realidade nacional do país. |
A diferença de mortes não naturais varia entre 1,5 até 4 vezes mais. Essa variação é afetada pelas condições socioeconômicas desse grupo identificado como de risco. |
| Colonialismo: Segundo a autora, o reflexo das características vigentes no período colonial e pós-colonial fez-se perceptível nas desigualdades estruturais que afetam este grupo (os indígenas russos) em particular. |
Ressalta a posição oficial de negação da existência de uma realidade assimétrica de poder, por parte do Estado frente à questão indígena, abstendo-se de votar na Declaração dos Direitos da População Indígena da ONU, em 2007 e em outras oportunidades. |
Há uma associação com o alcoolismo, especialmente na Região Norte, com clima mais inóspito, retratada por diversos autores locais. |
Komi Republic and Koryak Autonomous Okrug são áreas com um dos maiores índices de suicídio do mundo. |
| Identifica a diferença da mortalidade por causas não naturais (especialmente suicídio, homicídio e acidentes) em grupos indígenas (Nenets Autonomous Okrug, Chukotka Autonomous Okrug, e Archangelsk Rayon) e não indígenas. |
A comunidade Chukchi é a mais afetada pela associação com alcolismo (de 24% a 55%). |
| 3 |
PIATTI, M.L. Violencia contra las mujeres y alguien más … [Thesis]. Universitat de València; 2013. |
Violência Estrutural: se refere a situações de discriminação, marginalização ou dominação, perceptível pelas características da desigualdade e o grau de injustiça social a que determinado grupo está submetido. |
Baseada na análise de instrumentos legais, a tese identifica a violência estrutural como raiz causal de diversos problemas que acometem especialmente as mulheres, entre eles suicídio e depressão. |
A autora cita os fatores de risco que agravam um contexto de violência contra a mulher em níveis (individual, familiar, comunitário, social, do Estado), com base na literatura cinza da OMS e, consequentemente, afetam os índices de suicídio dos grupos associados ao feminino. |
Democracia: é preciso superar o modelo de democracia grego que herdamos, baseada na divisão de tarefas e espaços, que encobre práticas milenares de controle patriarcal e submissão do feminino |
Por ser um estudo que tem por base a análise do sistema legal, sua contribuição está na construção de i, quadro semântico que define o grupo de risco “feminino”. |
| Colonialismo: apresenta o patriarcado como legado do colonialismo, revelando-se de diferentes formas, dada as diferenças culturais, os cenários geográficos e os fatores políticos, e o inter-relaciona com outros sistemas de subordinação e exclusão. |
Segundo a autora, a violência contra a mulher é estrutural e se distingue das demais formas de violência que atinge outros grupos por ser ela ideológica e instrumental. |
Sobreposição de fatores por diferentes desigualdades que acometem, por exemplo, mulheres não-nacionais (imigrantes sem documentação legal), a quem se nega atendimento, apoio adequado e, principalmente, proteção e acesso a instrumentos jurídicos de reparação. |
Implementação de instrumentos jurídicos e políticos que promovam a igualdade de gênero e apoio incondicional à mulher em qualquer situação. |
Sem a apresentação de dados empíricos diretos, apenas secundários, assume o “feminino” como o maior grupo de risco da atualidade, tanto em casos de suicídio, como em outras mortes que se baseiam na mesma raiz causal como depressão, abuso de álcool, enfermidades cardíacas, doenças do sistema imunológico, distúrbios alimentares, entre outros. |
| Para a autora, a base de manutenção e perpetração dessa violência estrutural está na autoridade patriarcal, que molda todo o sistema jurídico, político e econômico. |
Fonte: Moher, D.; Liberati, A.; Tetzlaff, J.; Altman, D. G. The Prisma Group (2009). Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The Prisma Statement. PLoS Med, 6(7). <e1000097. doi:10.1371/journal.pmed1000097>. For more information, visit: <www.prisma-statement.org>.
Fonte: Global Burden of Disease Study 2017 (GBD 2017), disponível em: <http://ghdx.healthdata.org/gbd-results-tool>.
Fonte: Global Burden of Disease Study 2017 (GBD 2017), disponível em: <http://ghdx.healthdata.org/gbd-results-tool>.