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A arte é mais forte do que a ciência? O confronto entre expertise de estilo e expertise de ciência em uma querela sobre a autenticidade de uma obra de arte: o caso Sésostris III

Uma das dimensões da expertise artística consiste em se pronunciar sobre a autenticidade das obras e, por isso, os experts dispõem de diferentes métodos e recursos. Se, tradicionalmente, o essencial dos argumentos provinha do registro estilístico, da maneira de execução que permitia atribuir esta ou aquela obra a um artista, depois, os novos métodos científicos (testes químicos, de termoluminiscência…), baseados no estudo das propriedades físicas das obras, conheceram um desenvolvimento considerável. Este texto propõe-se a analisar um caso exemplar de controvérsia sobre a autenticidade de uma obra, uma estátua do faraó egípcio Sésostris III, que deu causa a um confronto entre argumentos estilísticos e argumentos científicos (aqui entendidos no sentido de ciências "duras") e estudar como os argumentos opostos foram recebidos por terceiros, como a Justiça, às vezes convocados in fine para solucionar os casos mais delicados.

controvérsia arteciênciadireito; expertise


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