Resumo
Simbolizações são expressivas e orientadoras de condutas. A partir desta afirmação, buscamos analisar o longa-metragem Parasita, produção sul-coreana de 2019 e vencedora de diferentes prêmios internacionais, a partir do tema das fronteiras sociais, analisado mediante sua relação com duas categorias sociológicas fundamentais: classificação e mobilidade social. Buscamos compreender a aparente inflexibilidade das barreiras sociais e o modo como a estigmatização pela distinção entre cheiros corpóreos atribuídos a partir do recorte de pertencimento socioeconômico é acionado como recurso, complementando o debate sobre fronteiras sociais. Tomamos por referência a concepção de que as simbolizações têm seus significados constituídos na totalidade forma-conteúdo. Deste modo, concluímos o debate com a retomada do tema sobre as fronteiras sociais na observância da estratégia de seu diretor e roteirista, Bong Joon-ho, de ter sua obra não facilmente classificável em termos de um gênero específico.
Palavras-chave:
Fronteiras sociais; Classificação social; Mobilidade social; Cheiros;
Parasita