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“Nos e fidju la di gueto, nos e fidju di imigranti, fidju di Kabu Verdi”: estética, antirracismo e engajamentos no rap crioulo em Portugal* * Em português: “Nós somos filhos lá do gueto, nós somos filhos de imigrantes, filhos de Cabo Verde”. Karlon & Primeiro G-11º ilha, 2018.Este texto inscreve-se nos projetos ArtCitizenship (PTDC/SOC-SOC/28655/2017) e “UIDB/04647/2020” do CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, ambos financiados por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), I.P. Resulta ainda do apoio da FCT, no âmbito da bolsa de Doutoramento SFRH/BD/129171/2017.

“We are sons of the ghetto, we are sons of immigrants, sons of Cape Verde”: aesthetics, anti-racism, and engagements in Creole rap in Portugal

Resumo

Ao longo de décadas, o rap tem sido central na construção de um discurso antirracista em Portugal. Com músicas a denunciar a violência policial, a exclusão social, o legado colonial e o racismo, os rappers negros das periferias de Lisboa desempenham um papel de vanguarda na luta contra a opressão racial, particularmente aqueles que cantam em crioulo cabo-verdiano. Apoiados por dispositivos e redes digitais, estes jovens constroem circuitos de sociabilidade e de produção musical impulsionadores de uma estética insurgente capaz de desafiar o estatuto de subalternidade que lhes é imposto. O presente trabalho debruça-se sobre a importância do rap na exposição do problema do racismo na sociedade portuguesa. Recorrendo a diferentes pesquisas de natureza qualitativa, analisamos os estilos de vida, as letras de música, o acesso às redes digitais e os engajamentos dos rappers no movimento antirracista.

Palavras-chave:
Rap crioulo; Jovens negros; Racismo; Estética; Portugal

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