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Personalidade artística nos negócios mundanos: a celebração do "gosto do povo" em Joãosinho Trinta

Ao escrever Mozart: a sociologia de um gênio e A Peregrinação de Watteau à Ilha do Amor, Norbert Elias deixou importante legado ao tratamento sociológico da formação das subjetividades artísticas e das expressões estético-culturais, a partir do problema em torno da relação entre transformação e conservação sócio-históricas, mas do ponto de vista das possibilidades e limites na conduta de indivíduos. Desse modo, neste artigo, a proposta de focar a trajetória de Joãosinho Trinta, no âmbito da cultura urbana do Carnaval do Rio de Janeiro, situa-se na contrapartida da aplicação do modelo figuracional e, assim, voltarmos à discussão sobre a funcionalidade arte-cultura enquanto espaço estratégico à catalisação de valores e à produção e difusão de significados. Isso, em busca das duas seguintes questões: Que dinâmica sócio-histórica é caracterizada pela ascendência do gosto popular na valoração do fazer e dos bens artístico-culturais? E, no reverso da medalha, em que medida esse mesmo processo se traduz na relação entre personalidade artística e negócios mundanos, encarnada na figura histórica do carnavalesco?

Personalidade Artística; Negócios Mundanos; Gosto Popular; Desfile de Escola de Samba; Carnavalesco


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