Resumo
Os manguezais por apresentarem elevada produtividade, tornam-se locais atrativos para habitação e desenvolvimento de atividades humanas, como a carcinicultura. No entanto, essa atividade tem gerado grandes impactos ambientais. Assim, considerando a importância e a expressiva fragilidade dos manguezais, objetivou-se avaliar o impacto de uma unidade de produção de camarão marinho na floresta de mangue do rio das conchas, Porto do Mangue, Rio Grande do Norte. A extensão da área afetada foi determinada por meio de sensoriamento remoto. Foram utilizadas duas cenas obtidas pelo satélite LANDSAT 7, representativas dos anos de 1999 e 2003, que compreendem, respectivamente, o período anterior e após a instalação da fazenda de camarão. Realizou-se também uma avaliação in loco, buscando encontrar vestígios que pudessem estar relacionados à degradação, em especial indícios de degradação do solo. Conforme a avaliação da área ocupada por vegetação de mangue por meio da técnica de sensoriamento remoto, constatou-se uma perda de 25 hectares de área ocupada por vegetação de mangue, entre os períodos de 1999 (anterior à instalação do empreendimento) e 2007 (ano em que o auto de infração foi lavrado). Essa redução é reflexo da implantação da atividade de carcinicultura, associado ao descarte de efluentes da mesma, bem como, mau planejamento para o desenvolvimento da atividade no local.
Palavras-chave:
Manguezais; Perturbação ambiental; Produção de camarão