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Aspectos Espaciais e Epidemiológicos da Monkeypox (MPX) no Rio Grande do Sul

Resumo

Este estudo analisa a prevalência e os aspectos espaciais da Monkeypox (MPX) no Rio Grande do Sul, considerando a emergência de saúde pública declarada pela Organização Mundial da Saúde em julho de 2022 e a alta incidência da doença em homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH). Os dados foram fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde por meio da Lei de Acesso a Informação e revelaram uma taxa de incidência 53 vezes maior em populações gay/HSH em relação a heterossexuais e 48 vezes maior em relação a bissexuais. Além disso, a MPX afeta desproporcionalmente as pessoas negras (pretas e pardas), com uma taxa de três vezes maior em comparação com a população branca. A análise dos aspectos espaciais da doença demonstrou a sua concentração em áreas metropolitanas. É sugerido que a disseminação de informações baseada em evidências científicas é essencial para evitar a estigmatização desses grupos e que a vacinação por anéis é imprescindível para impedir a endemização da doença. Conclui-se que os homens gays e HSH negros são as populações em maior risco para MPX, e que ações preventivas devem ser implementadas para proteger esses grupos vulneráveis, evitando a disseminação da doença e garantindo a equidade em saúde.

Palavras-chave:
Monkeypox; MPX; Varíola; Desinformação

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