Papel do metabolismo oxidativo na resistência induzida ou mecanismo de suscetibilidade durante a interação do abacate com Phytophthora cinnamomi Rands.

RESUMO

A doença causada pelo oomiceto Phytophthora cinnamomi Rands afeta a maioria das variedades de abacate (Persea americana), exigindo ferramentas adicionais para a seleção de materiais resistentes. No presente estudo, a indução de respostas de defesa relacionadas ao metabolismo oxidativo em abacate foi avaliada como suporte para estabelecer seu papel nas respostas de defesa durante a infecção por este oomiceto. Ensaios de infecção foram realizados com os clones de abacate ‘Duke 7’ (tolerante) e ‘Hass’ (suscetível), que tiveram sua base do caule inoculada com o patógeno e folhas inteiras amostradas em 0, 3, 24, 48 e 120 horas após a infecção (hai), para posterior avaliação das atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD) e ascorbato peroxidase (APX), bem como para avaliação da capacidade de sequestro de radicais livres, conteúdo total de polifenóis e atividade de caspase 3. A área abaixo da curva de progresso da doença foi de 1,3 e 14,8 (cm.dia-1) para ‘Duke 7’ e ‘Hass’, respectivamente, e o primeiro apresentou alta resistência ao oomiceto, o que se correlacionou com maior atividade de APX, maior atividade de eliminação de radicais livres e expressão de atividade de caspase 3. Sugere-se que a resistência ou suscetibilidade em abacate durante a interação com Phytophthora cinnamomi seja mediada pela participação de antioxidantes induzidos e inatos e pela indução de respostas de apoptose no genótipo resistente ‘Duke 7’, enquanto que tais respostas estão ausentes em ‘Hass’, o genótipo suscetível.

Palavras-chave
Persea americana ; podridão radicular por Phytophthora ; estresse oxidativo; antioxidante; defesa vegetal; apoptose