Analisou-se trabalhos publicados contendo valores da concentração de um fungicida que controla 50% (CI50) um dado fungo. Na análise considerou-se: (i) a CI50 determinada in vitro e in vivo para um dado fungicida e para um fungo específico; (ii) a concentração (g/ha) de ingrediente ativo do fungicida indicada para o controle da doença alvo no campo; (iii) volume de água de 120/L usado na pulverização; (iv) a concentração (mg/L) de i.a. dos fungicidas nesse volume (120 L/ha); (v) e determinou-se a relação da concentração usada no campo com a determinada no laboratório. As análises foram feitas com dados da CI50 de fungicidas IDMs, IQes, um carbamato e um benzimidazol e com os seguintes fungos: Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis, D. siccans, Fusarium graminearum e Puccinia triticina, Exserohilum turcicum, Phakopsora pachyrhizi e Corynespora cassiicola. A concentração do fungicida na calda pulverizada no campo variou de 33,9 (D. siccans e trifloxistrobina) a 500.000,0 (E. turcicum e iprodiona) vezes superior a determinada em laboratório. Concluiu-se que a CI50 não teve relação com a concentração usada no campo e por isso deve ser usada na comparação da potência entre fungicidas e no monitoramento da sensibilidade de fungos.
Concentração inibitória; fungitoxicidade; sensibilidade fungicida