A giberela do trigo é uma doença de importância global. No Brasil, a doença pode causar danos de até 27%. Como cultivares resistentes ainda não estão disponíves, o controle da doença num curto espaço de tempo, fundamenta-se no uso de fungicidas. O primeiro passo para alcançar manejo eficiente é a identificação de fungicidas potentes. Em experimentos in vitro, determinou-se a concentração inibitória de 50% (CI50) para o crescimento miceliano ou para germinação de conídios em função do grupo químico dos fungicidas de cinco isolados de Fusarium graminearum de diferentes origens. Os fungicidas inibidores da desmetilação (IDM) testados foram: epoxiconazol, cyproconazol, metconazol, procloraz, protioconazol e tebuconazol. Em adição, foram testados azoxistrobina, cresoxim-metílico, piraclostrobina e trifloxistrobina, representando os fungicidas inibidores da quinona externa (IQe), bem como um inibidor da síntese da tubulina, o carbendazim e duas misturas prontas, trifloxistrobina + tebuconazole ou trifloxistrobina + protioconazol. Demonstrou-se que os IDMs apresentaram as menores CI50 comparados com os IQes. Para os cinco isolados testados, na média geral, a CI50 do crescimento micelial variou para os IDMs, de 0,01 mg/L (metconazol, procloraz e protioconazol) a 0,12 mg/L (ciproconazol) e da germinação de conídios para os IQes de 0,21 mg/L (azoxistrobina) a 1,33 mg/L (trifloxistrobina). A CI50 para o carbendazim foi 0,07 mg/L. Todos os isolados testados podem ser considerados sensíveis aos IDMs estudados, embora algumas diferenças em sensibilidade tenham sido detectadas entre os isolados originados de um mesmo estado.
Fungitoxicidade; giberela; CI50; sensibilidade; Triticum aestivum