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Morar perto da área portuária está associado à inatividade física e comportamento sedentário

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVOS:

O impacto do porto de Santos, no Brasil, sobre a saúde da população é desconhecido. Nosso objetivo foi avaliar a associação entre viver nas proximidades da área portuária e a inatividade física e comportamento sedentário.

TIPO DE ESTUDO E LOCAL:

Estudo transversal desenvolvido em laboratório universitário e em uma clínica de diagnósticos.

MÉTODOS:

Foram selecionados 553 adultos saudáveis e seu nível de atividade física na vida diária foi avaliado usando acelerômetros. Foi realizada regressão linear múltipla e logística usando a inatividade física e o comportamento sedentário como desfechos e morar perto da área portuária como o fator de risco principal, ajustando para os principais confundidores.

RESULTADOS:

Entre todos os participantes, 15% residiam na área portuária. Estes deram 699 passos/dia a menos e apresentaram, por semana, 2,4% da atividade física mais sedentária, 2,0% menos tempo em pé e passaram 0,9% mais tempo deitados do que os residentes das demais regiões. Além disso, morar nas proximidades da área portuária aumentou o risco de inatividade física em 2,5 vezes, assim como o risco de maior comportamento sedentário (≥ 10 horas/dia) em 1,32 vezes.

CONCLUSÃO:

Morar perto do porto de Santos tem associação com a inatividade física, assim como o aumento do comportamento sedentário em adultos, independentemente de fatores de confusão. As razões para tal associação devem ser investigadas em estudos longitudinais.

PALAVRAS-CHAVE:
Saúde ambiental; Atividade motora; Estilo de vida sedentário; Classe social; Fatores de risco

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