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Effects of in-center daily hemodialysis upon mineral metabolism and bone disease in end-stage renal disease patients

CONTEXTO: Diversos esquemas alternativos de hemodiálise foram propostos para melhorar a qualidade da diálise. Apesar disso, sua influência sobre o metabolismo mineral e a doença óssea permanece desconhecida. OBJETIVO: Relatar o impacto de um esquema diário de hemodiálise sobre as lesões da osteodistrofia renal. TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo não controlado. LOCAL: Hospital Universitário Público. PARTICIPANTES: Cinco pacientes tratados por hemodiálise diária por pelo menos 24 meses. INTERVENÇÃO: As sessões foram realizadas com máquinas-tanque sem dispositivo controlador de ultrafiltração, fluxo de sangue de 300ml/min, banho de bicarbonato ([Ca] = 3.5 mEq/L) a 500 ml/min, e dialisadores com membrana de baixo fluxo. As sessões eram iniciadas às 18 horas (exceto domingos) e duravam duas horas. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os níveis séricos de Ca e P, dos últimos seis meses em hemodiálise convencional dos mesmos pacientes, foram usados para comparação com cada semestre em hemodiálise diária. As biópsias ósseas e os níveis de PTH foram obtidos no fim do período convencional em hemodiálise e após dois anos em hemodiálise diária. RESULTADOS: O cálcio sérico médio era significativamente mais elevado durante os segundo e terceiro semestres da diálise diária (10.0 DP 0.6 mg%, e 10.0 DP 0.8 mg%, respectivamente) em comparação à diálise convencional (9.4 DP 0.8 mg%), P < 0.05. Os valores médios de fósforo foram significativamente mais baixos durante cada semestre em hemodiálise diária (6.3 DP 1.8 mg%, 5.8 DP 1.7 mg%, 6.0 DP 1.7 mg%, e 6.0 DP 1.8 mg%) comparados aos da diálise convencional (7.2 DP 2.7 mg%), P < 0.05. As médias do produto CaxP acompanharam o padrão observado para o fósforo (59.5 DP 16.0, 57.1 DP 16.3, 59.8 DP 17.7, e 58.31 DP 20.9 vs. 68.6 DP 27.3, P < 0.05). Após dois anos em hemodiálise diária, dois pacientes que tinham lesão aplástica mudaram para lesão óssea inicial do hiperparatireoidismo secundário; Além disso, um paciente com lesão mista e deposição óssea de alumínio evoluiu para osteíte fibrosa leve sem alumínio. Os valores do PTH intacto no começo do estudo e após dois anos na hemodiálise diária não diferiram (134 DP 66 vs. 109 DP 26 pg/ml, P = 0.60, respectivamente). CONCLUSÕES: Os pacientes em hemodiálise diária tiveram melhor controle do fósforo sérico e, talvez, menor risco de calcificações metastáticas. Além disso, também mostrou-se benéfica à doença óssea de baixo turnover e atenuou a deposição óssea de alumínio.

Hemodiálise diária; Osteodistrofia renal; Doença óssea


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