RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO:
A dor de coluna crônica, especialmente dor lombar e cervical, é uma causa importante de anos de vida com incapacidade. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de algias vertebrais crônicas em indivíduos com 15 ou mais anos de idade e identificar fatores associados.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo epidemiológico de corte transversal em uma amostra da população da cidade de São Paulo.
MÉTODO:
A seleção de participantes foi feita por amostragem probabilística aleatória e a colheita de dados, por entrevistas presenciais. Foram utilizadas a escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS), o EuroQol-5D, o teste de identificação de desordens devido ao uso de álcool (AUDIT), o teste de Fagerström para dependência de nicotina e o critério de classificação econômica Brasil.
RESULTADOS:
Um total de 826 participantes foi entrevistado. A prevalência de algias vertebrais crônicas foi estimada em 22% (intervalo de confiança, IC 95%: 19,3-25,0). Os fatores independentemente associados com algias vertebrais crônicas foram: sexo feminino, 30 ou mais anos de idade, quatro anos ou menos de escolaridade, sintomas compatíveis com ansiedade e esforço intenso físico durante a ocupação principal. Participantes com algias vertebrais crônicas apresentaram escores de qualidade de vida e autoavaliação de saúde significativamente piores.
CONCLUSÃO:
A prevalência de algias vertebrais crônicas em um segmento da população de São Paulo foi de 22%. Os fatores independentemente associados à dor crônica foram: sexo feminino, idade igual ou superior a 30 anos, baixa escolaridade, sintomas compatíveis com ansiedade e esforço físico durante a ocupação principal.
PALAVRAS-CHAVE:
Dor nas costas; Dor crônica; Lombalgia; Prevalência; Estudos transversais