CONTEXTO:
O transplante ortotópico de fígado (TOF) é o tratamento de escolha em pacientes com doença hepática terminal. A cirrose por hepatite C é a principal indicação de transplante hepático no mundo. No entanto, pacientes transplantados por hepatopatias virais frequentemente apresentam coinfecções, como hepatite B associada a hepatite D. Atualmente, existem diferentes estratégias de manejo em pacientes pré e pós-transplantados conforme diferentes protocolos de conduta de serviços especializados em transplante.
RELATO DE CASO:
Apresentamos o raro caso de um homem de 58 anos diagnosticado com as hepatites crônicas B, C e D. O paciente evoluiu com cirrose e carcinoma hepatocelular. O tratamento consistiu de terapia antiviral para os três vírus e de transplante ortotópico de fígado. O desfecho do paciente foi satisfatório.
CONCLUSÃO:
O transplante ortotópico de fígado, associado à terapia antiviral com entecavir antes e após o procedimento, foi eficaz na depuração sustentada dos vírus B e D. A recidiva do vírus C após o transplante respondeu com sucesso ao tratamento padrão com alfapeginterferon 2A e ribavirina.
Hepatite B; Hepatite C; Hepatite D; Carcinoma hepatocelular; Transplante de fígado