CONTEXTO E OBJETIVO: A trombose venosa ocorre como resultado da interação de fatores genéticos e adquiridos, incluindo resistência à proteína C ativada (APC-R), os níveis de fibrinogênio, antitrombina, proteína C, proteína S, anticoagulante lúpico e anticorpos anticardiolipina. Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência de fatores trombofílicos frequentes em indianos com trombose venosa primária. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal analítico realizado em Mumbai. MÉTODOS: Foram testadas amostras de 78 pacientes com diagnóstico confirmado de trombose venosa e 50 controles. Foi realizada a dosagem sérica semiquantitativa (funcional) de proteína C, proteína S e antitrombina e a dosagem quantitativa de fibrinogênio (método de Clauss). Anticoagulantes lúpicos foram identificados por meio do tempo de tromboplastina parcial ativada sensível ao lúpus, e anticorpos anticardiolipina dependentes de β2-glycoproteína-I por ELISA. APC-R foi medida por método baseado em coagulação com plasma deficiente em fator V e veneno de Crotalus viridis. A análise estatística utilizou Epi-info (versão 6). RESULTADOS: A veia poplítea foi o local mais frequentemente afetado; 44 amostras (56%) tiveram resultados anormais. Os achados mais frequentes foram elevação do fibrinogênio e APC-R (17,9% cada), e baixa proteína S (16,6%). CONCLUSÕES: Corroborando com a literatura, este estudo mostrou que a elevação do nível de fibrinogênio e a triagem para APC-R são importantes na avaliação de pacientes com trombose venosa, pois, individualmente ou em combinação, podem ter levado ao episódio trombótico primário. A frequência dos outros marcadores de trombofilia foi mais alta entre os doentes quando comparados aos controles, porém sem diferença estatisticamente significante.
Grupo com ancestrais do continente asiático; Trombose venosa; Fatores de risco; Trombofilia; Anticorpos anticardiolipina