Acessibilidade / Reportar erro

Arterial embolectomy in lower limbs

As embolias arteriais de membros inferiores ocorrem com grande freqüência na população em geral, correspondendo a importante área de interesse ao cirurgião vascular. Os autores analisaram 159 casos de embolia arterial em membros inferiores, atendidos de janeiro de 1991 a julho de 1993. A idade variou entre 12 a 98 anos (média de 58 anos), 81 pacientes eram do sexo masculino e 78 do sexo feminino. A etiologia da embolia foi na grande maioria dos casos bem definida, sendo que a principal causa foi a fibrilação atrial (78%). A oclusão da artéria femoral foi a mais frequente (53,4%). Todos os pacientes desta série apresentavam isquemia grave de membro. Nenhum paciente estava com gangrena à admissão. A maioria dos pacientes apresentava tempo de isquemia entre o início do quadro e da liberação do fluxo arterial menor que 24 horas (67,9%). Todos os pacientes foram submetidos a embolectomia de membro inferior com catéter de Fogarty, 70,9% por acesso femoral. Empregou-se a fasciotomia em 48 pacientes devido a presença de síndrome comportamental. Dezenove pacientes faleceram, no pós-operatório imediato, a maioria deles por insuficiência cardíaca (68,4%). Dos 140 pacientes (150 membros) operados que sobreviveram, 23 (16,4%) apresentaram perda de membro após oclusão da árvore arterial previamente desobstruída pela embolectomia. Houve preservação de 127 membros (84,6%) em 117 pacientes (83,5%). Foi necessária a reiteração (nova passagem do catéter de fogarty) em onze casos (7,3%). Os pacientes com empastamento muscular, plegia ou tempo de isquemia maior que 24 horas tiveram piores resultados quanto à preservação de membro (p<0,05). Concluímos que em casos de embolia de membro inferior, apresentando-se o paciente em boas condições clínicas e com o membro sem necrose instalada, vale a pena a realização da embolectomia com catéter de Fogarty, devido aos bons resultados quanto à preservação do membro e baixos índices de complicações derivadas do procedimento cirúrgico. A preservação de membro foi significativamente maior nos pacientes sem empastamento muscular, com tempo de isquemia menor que 24 horas e atividade motora normal.


Associação Paulista de Medicina - APM APM / Publicações Científicas, Av. Brigadeiro Luís Antonio, 278 - 7º and., 01318-901 São Paulo SP - Brazil, Tel.: +55 11 3188-4310 / 3188-4311, Fax: +55 11 3188-4255 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revistas@apm.org.br