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Experiência de infectologistas frente à morte e ao morrer de seus pacientes ao longo da epidemia de AIDS na cidade de São Paulo: estudo qualitativo

CONTEXTO E OBJETIVO: Com o surgimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), em 1981, os infectologistas passaram por grandes modificações em sua prática assistencial. Este estudo tem por objetivo descrever e analisar as vivências de médicos infectologistas frente à morte e ao morrer de seus pacientes ao longo da trajetória da epidemia de aids na cidade de São Paulo. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Adotou-se a abordagem qualitativa. Foram entrevistados 20 médicos infectologistas pertencentes a cinco instituições hospitalares que atendem portadores de vírus da imunodeficiência humana (HIV)/aids no município de São Paulo. MÉTODOS: A composição da amostra foi realizada pelo processo de snowball e o tamanho da amostra determinado pelo critério de saturação. Para a análise do material obtido nas entrevistas, foi utilizado o procedimento da análise temática, que consiste em descobrir os núcleos de sentido existentes no conjunto do material obtido e que têm relação com o objetivo do estudo. RESULTADOS: Da análise do material obtido nas entrevistas resultaram três eixos temáticos: 1. O contexto inicial da aids e o impacto vivido pelos infectologistas; 2. Modificações na vinculação com os pacientes depois da introdução da terapia antirretroviral potente (HAART); 3. Lidando com a morte e o morrer. CONCLUSÕES: O estudo aponta para a importância de considerar, tanto na formação como no exercício profissional, o sofrimento, a sobrecarga emocional e os mecanismos adaptativos relacionados à morte e o morrer de pacientes.

Síndrome da imunodeficiência adquirida; Morte; Pesar; Pacientes; Médicos


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