RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO:
Os profissionais de saúde precisam introduzir o processo de prevenção, controle e tratamento das pessoas infectadas com HIV na prática assistencial. Manter o tratamento preventivo em gestantes infectadas pelo HIV demonstra que a terapia antirretroviral profilática, a cesariana programada e a proibição da amamentação reduzem significativamente a transmissão vertical do HIV. Este estudo tem como objetivo avaliar as taxas de transmissão vertical do HIV em um serviço especializado e identificar os fatores associados.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal desenvolvido no Hospital Universitário de Santa Maria (RS), Brasil.
MÉTODOS:
Estudo transversal foi conduzido utilizando amostra de 198 fichas de notificação e prontuários de mulheres grávidas HIV-positivas e crianças expostas.
RESULTADOS:
A taxa de transmissão vertical foi de 2,4%, e três crianças foram infectadas por transmissão vertical do HIV. O fator de risco estatisticamente significativo foi o uso de drogas injetáveis. Comunicação tardia da gravidez, ausência de terapia antirretroviral durante a gravidez, falta de cuidados pré-natais adequados, incapacidade de realizar testes virais de detecção de carga e contagem de células T CD4+ e complicações clínicas obstétricas e maternas foram relatadas.
CONCLUSÕES:
A taxa de transmissão vertical foi elevada e medidas de intervenção recomendadas não foram adotadas na íntegra. Medidas profiláticas adequadas precisam ser implementadas em mulheres grávidas HIV-positivas no pré-natal e durante os períodos pré-natal, intraparto e pós-parto.
PALAVRAS-CHAVE:
HIV; Transmissão vertical de doença infecciosa; Saúde da mulher; Saúde da criança; Registros hospitalares