RESUMO:
CONTEXTO E OBJETIVOS:
A acelerometria fornece medida objetiva do nível de atividade física, porém não é viável na prática clínica. Assim, foram investigados testes de aptidão física capazes de predizer inatividade física em adultos.
DESENHO E LOCAL:
Estudo de teste diagnóstico, desenvolvido em laboratório universitário e uma clínica de diagnósticos.
MÉTODOS:
188 participantes assintomáticos tiveram o nível de atividade física avaliado por acelerometria, ergoespirometria em esteira, composição corporal por bioimpedância, função muscular isocinética, equilíbrio postural em plataforma de força e teste de caminhada de seis minutos. Foram realizadas análise descritiva e regressão logística múltipla, incluindo idade, sexo, consumo de oxigênio, gordura corporal, centro de pressão, pico de torque de quadríceps, distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos e passos/dia no modelo como preditores da inatividade física. Adicionalmente, foram determinadas a sensibilidade (S), especificidade (Sp) e área abaixo da curva dos principais preditores por meio de curvas de característica de operação do receptor.
RESULTADOS:
A prevalência da inatividade física foi 14%. O número médio de passos/dia (≤ 5357) foi o melhor preditor da inatividade física (S = 99%, Sp = 82%). O melhor teste de aptidão física foi a distância no teste de caminhada de seis minutos e ≤ 96% dos valores preditos (S = 70%; Sp = 80%). A gordura corporal > 25% também foi significativa (S = 83%, Sp = 51%). Após regressão logística, passos/dia e a distância no teste de caminhada de seis minutos permaneceram preditores da inatividade física.
CONCLUSÃO:
O teste de caminhada de seis minutos deve ser incluído em estudos epidemiológicos como ferramenta simples e barata para triagem da inatividade física.
PALAVRAS-CHAVE:
Atividade motora; Aptidão física; Acelerometria; Curva ROC; Índice de massa corporal.