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Densidade mamográfica em mulheres indígenas de áreas da floresta do estado do Amapá, Brasil: estudo transversal

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO:

Não há registro de casos de câncer de mama em populações indígenas no Brasil. O objetivo foi avaliar a associação de características clínicas e demográficas com a densidade mamográfica em mulheres indígenas.

TIPO DE ESTUDO E LOCAL:

Estudo transversal, analítico, realizado em territórios indígenas no estado do Amapá, Brasil.

MÉTODOS:

Mulheres foram recrutadas de três territórios indígenas e submetidas a mamografia bilateral e a coleta de sangue para análise hormonal. As participantes foram entrevistadas com a ajuda de um intérprete. A densidade mamográfica foi calculada com assistência de computador, e expressa como densa ou não densa.

RESULTADOS:

137 mulheres foram incluídas no estudo, com média de 50,4 anos e média de idade à menarca de 12,8 anos. Metade (50,3%) das 137 participantes não havia entrado na menopausa no momento do estudo. As mulheres tinham em média 8,7 filhos, e duas nunca haviam amamentado. O índice de massa corpórea médio da população como um todo foi de 25,1 kg/m2. A análise mamográfica mostrou que 82% das mulheres tinham mamas não densas. As características clínicas associadas com a densidade mamográfica foram idade (P = 0.0001), hormônio folículo-estimulante (FSH, P < 0,001) e níveis de estrogênio (P < 0,01).

CONCLUSÕES:

A maioria das indígenas tinha mamas não densas. Idade, status menopausal e níveis de estrógeno e FSH foram associados com a densidade mamográfica.

PALAVRAS-CHAVE:
Polimorfismo genético; Receptores estrogênicos; Receptores de progesterona; Serviços de saúde do indígena; Grupos populacionais; Neoplasias da mama

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