CONTEXTO E OBJETIVO
Não existe consenso sobre qual é a melhor classificação para as fraturas do rádio distal e os métodos existentes apresentam baixa reprodutibilidade. Este estudo tem como objetivo descrever e avaliar a reprodutibilidade de uma nova classificação (a IDEAL) comparando-a com as classificações mais amplamente utilizadas.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL
Estudo de reprodutibilidade, Disciplina de Cirurgia da Mão, Universidade Federal de São Paulo.
MÉTODOS
Apresentamos a classificação IDEAL e sua fundamentação teórica baseada em evidências. Sessenta radiografias (anteroposterior e de perfil) de pacientes com fraturas do rádio distal foram classificadas por seis examinadores: um especialista e um residente de cirurgia da mão, um ortopedista, um residente de ortopedia e dois estudantes de medicina. Cada um, independentemente, avaliou as radiografias em três momentos diferentes. Analisamos a concordância intra e interobservador da classificação IDEAL, AO, Frykman e Fernandez, utilizando o kappa (κ) de Cohen (para dois observadores) e κ de Fleiss (para mais de dois observadores).
RESULTADOS
A concordância demonstrou-se elevada para a classificação IDEAL (κ = 0,771) e moderada para Frykman (κ = 0,556), Fernandez (κ = 0,671) e AO (κ = 0,650). A concordância interobservador foi moderada para a classificação IDEAL (κ = 0,595), mas insatisfatória para Frykman (κ = 0,344), Fernandez (κ = 0,496) e AO (κ = 0,343).
CONCLUSÃO
A reprodutibilidade da classificação IDEAL se demonstrou superior quando comparada às analisadas neste estudo, tornando a classificação IDEAL adequada para aplicação. Estudos complementares confirmarão se esta classificação é adequada para previsão de terapia e prognóstico.
Fratura de Colles; Classificação; Punho; Fraturas do rádio; Reprodutibilidade dos testes