Em poucas décadas, as grandes cidades de países em desenvolvimento tiveram uma seqüência de transformações tão brutais que é possível afirmar que várias vezes foram construídas, demolidas e reconstruídas; bairros se deterioraram e refloresceram; cidades nasceram dentro de cidades ou se colaram nos limites da periferia; grandes avenidas foram rasgadas no tecido urbano já solidificado. Junto com esse terremoto urbano, uma cultura metropolitana se desenvolveu, apressada pela globalização, com contornos incivilizados, baseada em auto-soluções para a sobrevivência, o que gerou criatividade e solidariedade, mas também o narcotráfico, a violência, a criminalidade e relações sociais apartadas. Neste contexto, ganha força a necessidade de uma política cultural para São Paulo fundada no multiculturalismo e em novas formas de sociabilidade.
desenvolvimento urbano; cultura metropolitana; política cultural