RESUMO
Objetivo:
analisar a associação entre Burnout, estresse, sofrimento mental e demais fatores pessoais e laborais associados a esta síndrome.
Método:
estudo transversal, descritivo e correlacional entre 282 profissionais de saúde dos serviços de emergências da cidade de Ribeirão Preto, Brasil, coletado de outubro de 2015 a março de 2016. Utilizados os instrumentos: questionário sociodemográfico, Maslach Burnout Inventory, Childhood Trauma Questionnaire, Inventário de Sintomas de Stress, Escala de Estresse Percebido, Psychiatric Screeming Questionnaire, Questionário de Estilo de Vida Fantástico, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e Escala de Reajustamento Social de Homes-Rahe. Redação descritiva dos dados. Testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis e posteriormente análise de regressão, na qual foram calculados OR, com IC de 95% e o nível de significância de 5%.
Resultados:
houve evidência estatística de associação entre Burnout e escolaridade, estresse precoce, estresse, transtornos mentais comuns, estilo de vida, ansiedade e depressão. A análise de regressão evidencia que as variáveis que influenciam no Burnout são: tipo de serviço (p=0,032; OR=0,187), escolaridade (p=0,029; OR=2,313), percepção de estresse (p=0,037; OR=1,67) e reajustamento social (p=0,031; OR=1,279).
Conclusão:
este estudo aponta um perfil para o desenvolvimento de Burnout, constituído por profissionais de saúde com maior escolaridade, que sofreram estresse precoce, que apresentam sintomas e percepção de estresse, que não possuem um estilo de vida saudável e apresentam sintomas de sofrimento mental. Tais resultados podem auxiliar no desenvolvimento e implementação de estratégias visando reduzir tanto o estresse laboral como a prevalência da síndrome de Burnout.
DESCRITORES:
Burnout; Profissionais de saúde; Serviços de emergência; Variáveis interventoras; Estresse psicológico